Política monetária: eis aqui mais um dos termos que tanto ouvimos falar na carreira financeira.
Basicamente, ela é uma forma de controle econômico. Com ela, é possível regular a oferta de moedas em circulação no Brasil, por exemplo. Por consequência, isso também controla a inflação.
Entretanto, essa explicação é só o começo. Vamos entender melhor o que é a política monetária?
O que é política monetária?
Para te explicar o que é a política monetária, eu vou te ajudar, primeiro, a imaginar como seria o país sem ela. Imagine que, hoje, os preços em um supermercado não serão os mesmos de amanhã. Tão volátil quanto os preços, seriam os juros: já imaginou essas taxas fora de controle?
Dia após dia, haveria uma nova surpresa ao lidar com o seu salário. Sem demora, tanto você quanto as empresas, chegariam à conclusão de que é impossível pagar as contas. Desemprego e estagnação econômica seriam apenas dois dos resultados dessa falta de organização.
Parece um cenário apocalíptico? Parece. Para evitar esse caos é que existe a política monetária.
De forma resumida, essa política diz respeito às ações do governo para equilibrar as contas do nosso país. Desemprego, inflação, circulação da moeda: tudo isso afeta a economia. Logo, tudo isso é levado em consideração pelo governo ao definir políticas monetárias – em outras palavras, as medidas que vão manter o Brasil funcionando.
Quais os objetivos da política monetária?
Como você já pode ter percebido, um dos principais objetivos é manter a inflação sob controle. Entretanto, esta não é a única missão da política monetária.
Outro objetivo bastante importante é o estímulo ao crescimento econômico. Todas as ações tomadas pelo Bacen (e seus órgãos) visam o desenvolvimento do Brasil.
O aumento na taxa de pessoas empregadas também deve ser listado aqui. Afinal, desenvolvimento econômico também significa que há mais emprego para a população.
Não menos importante, também devo citar o equilíbrio nas transações econômicas com o exterior.
Qual a política monetária adotada no Brasil?
Atualmente, há dois tipos de política monetária que norteiam as ações do Brasil: a política expansionista e a contracionista. A adoção das medidas de cada uma depende da situação econômica do país. Mas, calma: logo eu vou te explicar o que cada uma significa.
Outra medida tradicional da nossa política monetária é o regime de metas de inflação. Assim, por meio da Taxa Selic, o Brasil está sempre focado no objetivo de alcançar a estabilidade de preços no mercado.
Quais os tipos de política monetária?
Dentro desta explicação, desdobram-se dois conceitos bem importantes:
Política Monetária Expansionista
Neste tipo de política monetária, o Banco Central aumenta a oferta de moeda em circulação no país. Além disso, reduz as taxas de juros.
Tudo isso serve para melhorar o desempenho da economia. Afinal, as medidas proporcionam um aumento no poder de compra da população, o que incentiva o consumo.
Política Monetária Contracionista
Aqui, acontece o oposto. Ou seja, a economia é desacelerada. Para isso, o Banco Central aumenta a taxa de juros. Por consequência, isso diminui a demanda por crédito nos bancos. No fim, a moeda circula menos e a inflação diminui.
Quais os instrumentos da política monetária?
Para vigorar no país, a política monetária se utiliza destes instrumentos aqui:
- Depósito compulsório: taxa cobrada dos bancos a fim de reduzir a moeda em circulação. Assim, garante liquidez mínima – do contrário, esses mesmos bancos poderiam quebrar quando os clientes fossem sacar seu patrimônio;
- Redesconto bancário: é a taxa de juros aplicada em empréstimos para bancos comerciais. Quando alta, os bancos impõem maiores dificuldades para emprestar dinheiro para pessoas físicas e empresas. Assim, a circulação da moeda também diminui;
- Open Market: também conhecidas por “mercado aberto”. Aqui, o Bacen administra a compra e venda de títulos públicos, para conter ou expandir a circulação da moeda;
- Alteração da taxa básica de juros: este é um recurso menos usado. Ele, por sua vez, significa a imposição de taxas e condições para controlar o volume de crédito no país.
Qual a diferença entre política fiscal e monetária?
Os nomes podem até parecer semelhantes, mas ambos possuem definições distintas.
Até aqui, você aprendeu que a política monetária tem como principal função a emissão do nosso dinheiro. É responsável, ainda, por avaliar as causas que isso pode ter na inflação ou taxa de juro.
A política fiscal, por sua vez, tem a ver com a forma como os gastos públicos e impostos afetam as atividades das empresas e da população em geral.
Como é elaborada a política monetária?
Aqui no Brasil, a política monetária fica nas mãos do Banco Central do Brasil (Bacen).
Contudo, o Bancão não é o único envolvido no processo. Para normatizar as ações do Bacen, existe o Conselho Monetário Nacional. Além destes, há ainda o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Este último, por sua vez, é uma entidade do Bacen que define as taxas de juros praticadas pelo Estado.
O principal meio de aplicação da política monetária é através da taxa de juros. Assim, instituições com poder para tal – as já citadas aqui – empreendem algumas alterações a fim de interferir na economia do país.
Quando a taxa de juros está baixa, a inflação aumenta e o orçamento das famílias é afetado. Desse modo, o aumento desta mesma taxa dificulta o acesso da população ao dinheiro. Ao mesmo tempo, serve para manter a inflação controlada.
Qual é a função do Copom na política monetária?
Como eu acabei de mencionar, o Copom age em conjunto com o Banco Central em prol da política monetária.
Em suma, todas as decisões desse comitê são baseadas no objetivo de controlar a oferta do Real, bem como demais questões referentes à concessão de crédito.
Por consequência, cada uma dessas decisões vai influenciar no poder de compra de nós, brasileiros. Afinal, o preço das mercadorias e o valor da moeda, por exemplo, vão mudar. Os investimentos, inclusive, também podem ser afetados nessa dinâmica.
Outra responsabilidade do Copom é a divulgação trimestral do relatório de inflação. Com eles, temos a definição de um dos mais importantes indicadores econômicos do Brasil: a taxa Selic.
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