De acordo com o próprio CMN (Conselho Monetário Nacional) em sua resolução 3467 a definição de risco é a possibilidade de ocorrência de perdas resultante das flutuações nos valores de mercado das posições.

Nesta definição estão incluídos fatores como taxa de juros, preço das ações, preço das commodities e principalmente quando se fala de mercado externo o risco da variação cambial.

Risco de Variação Cambial

Quando um investidor possui recursos no mercado externo o valor do seu patrimônio pode sofrer oscilações devido a variação da taxa de câmbio.

O chamado IED “Investimento Estrangeiro Direto” ou mesmo indireto (aplicação através de ações e títulos) pode sofrer perdas em moeda corrente nacional mesmo com a obtenção de retornos positivos.

Isso pode ocorrer devido a uma variação negativa na flutuação de câmbio. Você pode aprender muito mais sobre câmbio em um livro genial escrito sobre Márcio Holland chamado Taxa de Câmbio no Brasil.

Podemos utilizar os meses de Janeiro a Agosto de 2016 como exemplo da importância do risco cambial.

Nestes oito primeiros meses de 2016 o dólar, principal unidade monetária no mercado internacional teve uma desvalorização de quase 20% frente ao real.

Nestes termos para que um investidor brasileiro tenha um retorno positivo em sua aplicação Off Shore seria necessária uma rentabilidade superior a 20%.

Quando se trata de investimentos internacionais existe um elevado custo.

O envio de recursos ao exterior por exemplo, é altamente burocrático e os bancos ou corretoras cobram altas taxas para realizarem estas operações. Existe ainda, o Imposto de Renda sobre o ganho de capital sobre qualquer investimento no exterior.

Principais Riscos de Mercado Externo

Sempre que tratamos de riscos de mercado externo, é bom ressaltar os seguintes:

  • Risco Operacional: é muito comum com operações externas uma vez que o investidor fica suscetível a falhas nos mais diversos sistemas de pagamentos. Uma simples indisponibilidade nos serviços de internet, corretora de câmbio ou mesmo banco pode acarretar perdas
  • Risco Legal: Este termo foi muito falado durante o processo de impeachment da presidente Dilma em 2016. Este tipo de risco está relacionado a confiabilidade jurídica de um país, ou seja, o quanto a legislação deste é confiável
  • Riscos Sistêmicos: Assim como todos os investimentos, o investimento externo também é suscetível aos riscos sistêmicos. Os riscos sistêmicos são aqueles que afetam a economia como um todo e não podem ser controlados. O maior exemplo de um risco sistêmico é uma grande crise econômica mundial como a crise de 1929. Este é um risco do qual o investidor não tem controle
  • Riscos Não-Sistêmicos: Os riscos não sistêmicos são divididos em diversas outras pequenas categorias. O conteúdo completo você pode conferir no artigo sobre Principais Riscos ao Investidor. Vamos relembrar brevemente os principais:
    • Risco de Mercado: este é o risco da volatilidade. Este tipo de risco é muito comum no mercado de renda variável onde os preços sofrem constante oscilação. Lembre-se que o risco de mercado também está presente na renda fixa. Quando ocorre uma alteração na taxa básica de juros da economia (SELIC) ocorre uma grande volatilidade no preço dos títulos públicos;
    • Risco de Crédito: este é o famoso calote. É o risco implícito na quebra da instituição financeira que emite os títulos. Este tipo de risco não está presente somente em investimentos bancários como o exemplo do CDB. Um investimento com alto risco de crédito por exemplo, são as debêntures;
    • Risco de Liquidez: vimos no artigo sobre liquidez que este termo se refere a facilidade ou não, de transformar um investimento em moeda corrente. Este tipo de risco é muito comum em ativos de altos valores unitários como por exemplo os imóveis. Muitas vezes para vender um imóvel em um curto período de tempo é necessário um grande desconto;
    • Outros Riscos: existe uma infinidade de riscos. Um muito frequente é o Risco operacional. Uma simples queda de internet ou serviço telefônico pode impossibilitar a realização de uma operação. No Brasil muito se fala também sobre o Risco Jurídico e Risco Fiscal onde um decreto governamental pode alterar a legislação sobre determinado investimento acarretando prejuízo aos investidores.

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Comentários

Edison - 04/10/2016

Isso se aplica no mercado de opções binárias? Onde não há compra de ativos e sim especulação.

TopInvest - 05/10/2016

Boa tarde Edison, Sim, o mesmo se aplica a ativos reais. Nos já possuímos um artigo sobre o tesouro direto neste link https://topinvest.com.br/tesouro-direto-titulos-publicos/. Em breve teremos mais novidades também. Não deixe de participar do nosso fórum, lá você pode interagir com outros usuários e criar e responder dúvidas: https://topinvest.com.br/forums Curta nossa página no facebook https://www.facebook.com/TopInvestBrasil e compartilhar nosso conteúdo para que possamos continuar com a educação financeira gratuita. Um abraço, Equipe TopInvest