O que são agentes econômicos?
Agentes econômicos é o termo utilizado para se referir às entidades que, por meio de suas ações, são capazes de influenciar, interferir e movimentar a economia.
Desse modo, segundo algumas concepções teóricas, essa definição engloba desde pessoas físicas, jurídicas e grupos de indivíduos, até mesmo ambientes que permitem as negociações entre esses personagens.
Assim, é possível afirmar que os agentes econômicos são, em suma, quem garante a manutenção e o funcionamento da economia e do mercado financeiro.
Quais são as funções dos agentes econômicos?
Cada agente econômico exerce funções diferentes e interdependentes que, quando combinadas, estabelecem todo o ciclo necessário para o funcionamento das operações financeiras e, consequentemente, da própria economia.
De acordo com as suas características, eles podem ser responsáveis pela produção, geração de renda, gestão, regulação, consumo, investimento, entre outros.
O que movimenta os agentes econômicos?
A economia é direcionada pela lei da oferta e da demanda. Essa, por sua vez, é ancorada em um conceito ainda mais básico, o qual movimenta cada um dos agentes econômicos à sua maneira: as necessidades.
De maneira bem básica, é possível afirmar que a demanda é puxada pelos bens e serviços que o consumidor deseja adquirir para suprir suas necessidades. Do outro lado do balcão, a oferta e venda desses produtos é o que gera o valor necessário para manter a atividade de quem os produz e distribui.
Para que possa pagar pelos itens que deseja, quem demanda também acaba emprestando sua força de trabalho de modo a produzir algo que supra as necessidades de terceiros.
Cada uma das operações resultantes desse mecanismo gera os impostos arrecadados pelo Governo, utilizados para minimizar as desigualdades que podem ser geradas ao longo desse processo, atendendo aqueles que tenham dificuldade de ter suas necessidades básicas supridas.
As entidades reguladoras, por sua vez, trabalham para que todo esse processo funcione de forma eficiente. Enquanto as instituições financeiras concedem empréstimos necessários para qualquer um dos agentes que necessitar de recursos para um fim específico.
Em resumo, ao se mover por suas necessidades, cada agente econômico acaba, consequentemente, por impulsionar o outro em uma relação cíclica e interdependente.
Quais são os principais agentes econômicos?
Embora as concepções de quem se enquadra como agente econômico não sejam um consenso, é possível definir ao menos cinco grupos distintos de personagens, de acordo com suas características e funções econômicas. São eles:
- As famílias;
- As empresas;
- O mercado;
- O Estado;
- O mundo — ou seja, os outros países.
Famílias
O maior e mais influente dos grupos de agentes econômicos, as famílias — compostas por uma ou mais pessoas físicas — representam o princípio e o fim do ciclo da economia. Suas funções dividem-se em duas frentes exercidas simultaneamente: o consumo e a produção.
Ou seja, esse grupo se conecta às empresas (outro agente econômico) por meio da demanda e também pela oferta da mão de obra — a qual é empregada para a produção de novos bens ou serviços destinados ao usufruto de outros grupos familiares.
As ações da família impactam diretamente a oferta e demanda, sendo, assim, as engrenagens mais relevantes para a movimentação da economia.
Empresas
As empresas podem ser divididas em dois subgrupos que se interconectam entre si, bem como com os demais agentes econômicos. São eles:
- Empresas não financeiras: são todas as companhias que têm por função a produção e a comercialização de bens e serviços de diferentes setores, exceto produtos financeiros;
- Instituições financeiras: são as entidades que trabalham diretamente com produtos financeiros, tendo como atividades comuns a captação de poupança e a oferta de empréstimos para investimentos produtivos.
Buscando o lucro e a viabilização produtiva, as empresas não financeiras contratam mão de obra junto às famílias. Em troca, pagam salários que, por sua vez, são utilizados para consumir os bens produzidos.
Já as instituições financeiras recebem recursos de famílias e empresas que poupam e emprestam esses valores aos agentes econômicos que necessitam de financiamento, sejam eles pessoas físicas, pessoas jurídicas, ou até mesmo o Estado.
Mercado
Por se tratar de um ambiente e não de uma pessoa ou entidade, a inclusão do mercado enquanto agente econômico pode causar estranheza. Contudo, é impossível negar seu papel central no ciclo da economia.
Afinal, o mercado atua como o intermediador entre a oferta e a demanda. É, em resumo, o espaço onde as empresas negociam seus bens e serviços com as famílias interessadas em obtê-los.
Estado
O Estado é o agente com maior poder de controle sobre o mercado financeiro, uma vez que é quem estabelece as normas e faz os ajustes necessários para o bom funcionamento da economia.
Seu grande objetivo é distribuir a riqueza — de modo a minimizar a igualdade e auxiliar as famílias com baixo poder aquisitivo — e zelar pelas necessidades do coletivo.
As atuações do governo, enquanto agente econômico, podem ser divididas em dois grupos:
- Políticas fiscais: controle tributário e de investimentos governamentais;
- Políticas monetárias: administração do volume de dinheiro em circulação, domínio da taxa básica de juros e a regulação do mercado de crédito.
O resultado dessas ações se estendem ao mercado, às empresas, às instituições financeiras e às famílias.
Mundo
O poder de atuação do mundo enquanto agente econômico acompanha o avanço da globalização. O impacto dos outros países sobre a economia local é visível à medida que as relações econômicas entre as nações são cada vez mais comuns. A função desse ator econômico é propiciar o intercâmbio de capital, bens e serviços.
Além disso, haja visto o estreitamento de parcerias diplomáticas e financeiras, as políticas monetárias adotadas por um país podem impactar diretamente a economia de outras nações.
Para além do Estado, é preciso destacar ainda o papel das desempenhado pelas empresas enquanto elos entre a economia nacional e a internacional. Esses agentes se conectam com o resto do mundo por meio de duas ações em específico:
- Exportações: as empresas podem vender seus produtos ou matérias-primas para organizações de outros países, como um modo de expandir seu mercado;
- Importações: em contraponto, as empresas também podem comprar matéria-prima importada para manutenção da sua produção, ou mesmo para repassar aos consumidores — ou seja, às famílias.
É possível concluir, portanto, que o ciclo econômico passa pelas ações de cada um dos cinco agentes econômicos e pelas relações mantidas entre eles. A existência de cada um deles depende das funções exercidas pelos demais. Da mesma forma, a economia e o mercado financeiro só existem devido à união desses diferentes atores.