O que é CAGR?

Sigla para Compound Annual Growth Rate (Taxa de Crescimento Anual Composta, em português), CAGR mostra a média de quanto um investimento cresceu por ano, do valor inicial ao valor final. Serve, então, para que um investidor avalie a viabilidade de determinada aplicação.

Simplificando a explicação, é uma espécie de taxa de crescimento anual esperado, que avalia quanto um ativo precisaria aumentar para sair do valor X (atual) ao valor Y (uma projeção futura).

Embora seja um dos principais indicadores utilizados para este fim, a CAGR não funciona para prever o retorno real do investimento. Afinal, o cálculo dessa métrica inclui a razão do crescimento — elemento que não é útil para esse tipo de avaliação.

Para que serve a CAGR?

A CAGR é uma métrica que serve para encontrar um valor fictício, cujo propósito é estimar a taxa de crescimento de um investimento específico, caso os seus retornos tivessem sido constantes. Como o seu resultado é hipotético, o cálculo não aponta números e rentabilidades reais.

Em outras palavras, o indicador é útil para que o investidor consiga visualizar a rentabilidade de uma aplicação dentro de determinado período. Ao mesmo tempo, é importante nunca deixar de lado as limitações do cálculo e a volatilidade do mercado que pode afetar os retornos obtidos com o ativo. 

Outra forma de se valer da CAGR é analisando o comportamento de ações. Aqui, a ideia é desconsiderar a volatilidade registrada no período para delinear tendências futuras — sempre olhando para o longo prazo.

Imagine, por exemplo, que determinada ação apresentou uma valorização extraordinária de 65% no horizonte temporal de um ano. Nesse caso, a CAGR seria uma ferramenta válida para atenuar a volatilidade indicada em porcentagem, aplicando a performance total no longo prazo, a fim de investigar a sua consistência e encontrar o crescimento médio.

Como calcular a CAGR?

O cálculo da CAGR requer três informações essenciais:

  • O valor inicial do investimento;
  • O valor final do investimento;
  • O período considerado.

Lembre-se que essa taxa considera o crescimento anual da aplicação, logo, o período deve ser utilizado em anos

A fórmula da CAGR é a seguinte:

CAGR = (VF / VI)1/n -1

Considere:

  • VF = valor final;
  • VI = valor inicial;
  • n = período.

Para entender a aplicação da forma, imagine dois investidores hipotéticos:

  • O primeiro aplicou R$10.000,00 em determinado ativo por cinco anos, com uma taxa de juros de 1% ao ano;
  • O segundo aplicou a mesma quantia, pelo mesmo período, mas em um fundo mútuo.

Suponha agora que o retorno do primeiro tivesse sido de R$10.510, enquanto do segundo fosse de R$15.357,71. Nesse exemplo, a CAGR do primeiro investidor seria bem menor, já que a rentabilidade foi mais baixa. 

No entanto, o risco e a volatilidade de ambas as operações não são considerados na fórmula. Logo, afirmar que o investimento com maior rentabilidade é o melhor é arriscado, já que a análise não é completa.

Qual a diferença entre CAGR e CMGR?

CMGR é a sigla para Compound Monthly Growth Rate (taxa composta de crescimento mensal, em tradução livre). Sua única diferença em comparação com a CAGR é o período considerado no cálculo: enquanto o CMGR utiliza meses, a CAGR se baseia em anos.

Da mesma forma que a CAGR, a CMGR também serve para analisar a rentabilidade de um investimento. Ou seja, é uma forma de descobrir qual seria o crescimento médio do ativo, a partir dos seus preços iniciais e finais.

Quais são as limitações da CAGR?

Primeiramente, a CAGR é um indicador meramente quantitativo. Em termos mais simples, se baseia tão somente em números, deixando de lado outros aspectos fundamentais na hora de analisar uma aplicação, como a volatilidade do mercado e a performance da empresa emissora.

Além disso, o período de análise pode ser outra limitação. Se este for inferior a um ano, o resultado da CAGR é menos provável de se repetir futuramente. Logo, a busca por um índice de tendência de crescimento se torna falha.Dados esses dois aspectos, vale o lembrete de que a CAGR jamais deve ser usada como uma métrica decisiva na hora de selecionar um ativo. Do contrário, o investidor será facilmente levado a uma escolha equivocada. Na dúvida, utilize essa ferramenta em conjunto com outros cálculos e fatores relacionados ao investimento desejado, como setor da empresa emissora, balanço patrimonial, interesse do mercado, entre outros.