O setor bancário está em plena transformação, mas há algo que nunca muda: o desejo dos profissionais do mercado financeiro de trabalhar nessas instituições e escalar na carreira.
Trabalhar em banco está nos seus planos também? Então, fiz esse artigo justamente para ser o seu guia nessa jornada. Siga comigo para aprender:
- O que fazem os bancários;
- Quais tipos de banco se pode trabalhar;
- Como começar a carreira;
- Como trabalhar em bancos públicos e privados;
- Qual curso escolher;
- Quais habilidades são necessárias;
- Quais perfis os bancos buscam.
E mais: ainda preparei 7 dicas para acelerar a sua carreira bancária! Vem comigo.
O que fazem os bancários?
O termo bancário é utilizado para abranger todos os colaboradores de um banco e que lidem direta ou indiretamente com as questões administrativas e operacionais da instituição. Dessa maneira, um bancário poderá ser operador de caixa, atendente comercial, gerente comercial, assistente de gerente ou gerente.
Embora cada função tenha as suas atribuições específicas, em geral a rotina desses profissionais inclui atendimento ao cliente, comercialização e orientação sobre produtos bancários, interação com outras equipes e acompanhamento do mercado financeiro.
Seja como for, o ideal é que você entenda as especificidades de cada cargo:
Operadores de caixa
O cargo de operador de caixa costuma ser a porta de entrada de muitos profissionais que almejam crescer na carreira bancária. Algumas de suas ocupações são de natureza externa, ou seja, se tratam de atender aos clientes da instituição.
Assim, realizam atividades como auxílio com saques e depósitos, atendimento nos caixas eletrônicos e apoio nos trâmites relacionados à abertura de conta e à entrega de cartões de crédito.
Além disso, há ainda os deveres internos. Ou seja, todos os processos rotineiros, que se seguem após o banco fechar as portas ao público. Quanto a isso, temos:
- Conferência das operações feitas por meio do autoatendimento;
- Registro de despesas;
- Fechamento de caixa;
- Controle de documentação de contas;
- Contabilidade interna.
Como você pode ver, é uma função bastante dinâmica, capaz de colocar o profissional em contato com uma gama ampla de procedimentos bancários. Em outras palavras, é uma oportunidade ímpar de adquirir experiência na área de uma forma mais completa.
Atendentes comerciais
Assim como acontece com os operadores de caixa, os atendentes comerciais também têm contato próximo com os clientes. No entanto, aqui, a atuação não se limita ao auxílio em questões operacionais.
Os atendentes têm autorização para fornecer informações mais complexas sobre produtos financeiros e até fazer a comercialização deles. Além disso, outras atribuições são:
- Conferência de documentos;
- Atualização de registros;
- Planejamento estratégico comercial;
- Negociação de propostas de acordo com cada cliente;
- Prospecção de clientes;
- Manutenção de informações cadastrais;
- Organização de arquivos;
- Identificação de oportunidades e riscos;
- Realização de análises de crédito.
Veja só: aqui, o profissional subiu mais um degrau da hierarquia bancária. Enquanto o seu dia a dia segue consistindo em atender clientes e proporcionar a melhor experiência ao público, o seu contato com os produtos bancários e financeiros é mais intenso e robusto.
Agentes comerciais
Os agentes comerciais, por sua vez, normalmente iniciam nesta posição ao prestar um concurso público. Suas atribuições diárias se assemelham bastante às dos atendentes comerciais, em uma mescla de atendimento ao público e deveres internos.
Veja alguma das tarefas que cabem a este profissional:
- Prestação de informações e comercialização de produtos bancários;
- Conferência de documentos;
- Atualização de registros;
- Preparação de correspondências;
- Manutenção de arquivos;
- Recolhimento de dados cadastrais.
Assistentes da gerência
Subindo um pouco mais na hierarquia, temos o cargo de assistente de gerência. Este aqui, como o nome indica, é como o braço direito do gerente. Dessa maneira, não somente lidará com o público, como ainda assumirá um papel relevante na hora de criar e apresentar relatórios, auxiliar em questões operacionais do banco e solucionar possíveis problemas.
O cargo é, naturalmente, de maior prestígio. Para chegar até aqui, é importante que o profissional já tenha uma trajetória mais sólida na carreira, assim como os conhecimentos e as certificações necessárias para ocupar a posição.
A título de informação, aqui vão algumas outras atribuições dos assistentes de gerência:
- Prospecção de clientes;
- Auxílio na conquista de metas;
- Treinamento de novos funcionários;
- Supervisão da eficiência das equipes;
- Gerenciamento das contas de clientes;
- Processamento de solicitação de empréstimos;
- Suporte financeiro personalizado ao público.
Gerentes
Por fim, um dos cargos mais altos de um banco e que muitos almejam alcançar. Naturalmente, as certificações para as posições de gerência são as de maior prestígio e o profissional deve ter uma experiência sólida na rotina bancária.
É possível ser gerente em diferentes equipes, em setores distintos. De qualquer forma, eis aqui algumas das atribuições do cargo que se destacam:
- Oferecimento de consultoria financeira aos clientes;
- Abertura de contas;
- Avaliação de eficiência comercial;
- Administração e apresentação de projetos;
- Atendimento ao cliente;
- Análise de indicadores de desempenho.
Em quais tipos de banco você pode trabalhar?
Para além dos bancos tradicionais, chamados de comerciais, há ainda outras categorias deste tipo de instituição: os bancos de investimento, de desenvolvimento e múltiplos.
Uma vez que cada um deles é voltado para um tipo distinto de público, lidando com clientes de objetivos específicos, é natural que a demanda por profissionais acompanhe essa dinâmica.
Entenda o que muda de um para o outro:
Bancos comerciais
Os bancos comerciais são aqueles que todo mundo conhece, ou seja, os que abrem contas correntes, concedem empréstimos, e fornecem cartões de débito e crédito. À população, há o benefício de concentrar em uma única instituição todas as suas movimentações financeiras mais recorrentes. Além disso, há a oportunidade de buscar financiamentos para viabilizar aquisições que, de outra maneira, não seriam possíveis por demandarem um valor muito alto.
Aos bancos, por outro lado, o fluxo de clientes (e, consequentemente, as suas transações) serve ao propósito de captar recursos para que sejam redirecionados ao crédito.
Perceba, aliás, como o funcionamento dos bancos comerciais segue uma espécie de ciclo: com o capital levantado a partir dos juros pagos pelo público e pelos depósitos feitos, é possível conceder empréstimos a outras pessoas, por exemplo, ou viabilizar a existência dos limites de um cartão de crédito.
Bancos de investimento
Como já se nota pelo nome, os bancos de investimento são instituições voltadas exclusivamente para este fim. Logo, oferecem consultoria para investidores, auxiliam em fusões e aquisições de empresas, emitem títulos e valores mobiliários e até administram fundos de investimento.
Ao operar unicamente dessa forma, este banco, como não é comercial, não oferece aos clientes os produtos comumente encontrados no exemplo anterior, como cartões de crédito e contas correntes.
Bancos múltiplos
Cada vez mais populares, os bancos múltiplos mesclam características de bancos comerciais e de investimento. Assim, um cliente pode concentrar seus investimentos e sua conta corrente, por exemplo, em uma única instituição.
Como o número de investidores cresce ano após ano, estes bancos são cada vez mais buscados. Afinal, oferecem mais facilidade e conveniência aos clientes que preferem gerenciar suas aplicações e recursos em um só lugar.
Aqui, fica o lembrete de que, ao contrário das corretoras de valores, os títulos e ativos disponibilizados pelos bancos múltiplos podem não ser tão variados. Ou seja, o catálogo de opções pode ser um pouco menor.
Bancos de desenvolvimento
Um banco de desenvolvimento pode ser público ou privado e o seu principal objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico e social do país, por meio de uma atuação regional.
Para isso, oferece linhas de crédito especiais para empreendedores, organizações e até projetos específicos, com condições mais favoráveis para financiamentos de longo prazo.
No Brasil, toda essa responsabilidade cabe ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Enquanto instrumento de execução das diretrizes de investimentos do Governo Federal, vem para promover o desenvolvimento sustentável da economia brasileira, aumentando a sua competitividade e, consequentemente, gerando mais emprego e diminuindo as desigualdades sociais.
O que fazer para trabalhar em um banco?
Primeiramente, é preciso compreender que o processo para começar a trabalhar em um banco vai depender se a instituição é pública ou privada.
Nos públicos, é necessário prestar um concurso. Nos privados, é preciso se submeter a processos seletivos. Os requisitos para a seleção dos profissionais varia de acordo com o banco, indo desde a aprovação no prestame até a exigência de certificações financeiras.
Como começar uma carreira no setor bancário?
Na prática, as formas mais comuns de começar uma carreira no setor bancário são:
- Iniciar na instituição por meio de programas de estágio ou de Jovem Aprendiz;
- Conferir as vagas disponibilizadas no LinkedIn;
- Checar as oportunidades divulgadas nas abas de “trabalhe conosco” dos bancos;
- Prestar um concurso público.
Atenção: esses são passos mais técnicos em relação ao início de carreira. Para começar a buscar esse tipo de oportunidade, é preciso antes estar cursando uma graduação pertinente, ter obtido uma certificação financeira ou se enquadrar nos requisitos para prestar um concurso público.
Como trabalhar em bancos públicos?
Para trabalhar em bancos públicos, é necessário ser aprovado em um concurso. Os requisitos para tal dependem da instituição que está oferecendo as vagas, porém, em geral o candidato deve prestar provas de conhecimentos específicos, conhecimentos gerais e de redação.
Frequentemente, as posições oferecidas são de agente comercial e agente de tecnologia.
Os agentes comerciais têm uma atuação mais voltada para o lado financeiro do banco, auxiliando clientes em suas transações, comercializando produtos financeiros e lidando com questões internas, como fechamento de caixa.
Por outro lado, os agentes de tecnologia se concentram no suporte tecnológico e informático. Ou seja, executam aplicações financeiras, atualizam registros e fazem a análise de documentos.
Vale mencionar que concursos públicos são muito buscados dada a estabilidade profissional que garantem aos candidatos. Além disso, as chances de ser promovidos e os benefícios providos pelas instituições geram bastante interesse de quem deseja seguir essa carreira.
Dica: caso opte por esse caminho, antes de prestar um concurso verifique qual é a banca organizadora. Isto é, a dinâmica da prova varia de acordo com a entidade, que podem se valer de questões de múltipla escolha, interpretação, verdadeiro ou falso, e por aí vai.
Como trabalhar em bancos privados?
Para trabalhar em um banco privado, o profissional deve passar por um processo seletivo. Isso vale para vagas efetivas, ou para estágios e programas de Jovem Aprendiz.
Aqui, saiba que o mercado é concorrido. Para ter chances de conquistar uma oportunidade — especialmente a primeira de sua carreira —, é fundamental que o seu currículo seja atraente e que você tenha uma certificação financeira.
Como os bancos são obrigados a contratarem unicamente profissionais comprovadamente qualificados, no mínimo a CPA-10 será exigida de você. Emitida pela Anbima, esta é uma certificação básica que te habilita a comercializar produtos de investimento.
Além disso, ter uma graduação voltada para o cargo que deseja ocupar, inglês para negócios e ter participado de eventos do setor são alguns elementos que podem engrandecer o seu currículo, demonstrando que você é um profissional ávido por crescimento.
Tem que ter faculdade para trabalhar em banco?
Na maioria das vezes é, sim, necessário ter faculdade para trabalhar em banco — embora este critério dependa da instituição em si.
No que tange aos bancos públicos, acessíveis via concurso, os editais podem ou não exigir uma formação superior do candidato. Nos privados, naturalmente os currículos mais robustos vão chamar mais a atenção — e uma graduação tem esse poder.
Além disso, de acordo com a Resolução CMN nº4.984, o Banco Central exige que as instituições bancárias contratem somente profissionais comprovadamente capacitados para assumir determinados cargos. Por isso, além de um curso do tipo, certificações financeiras serão exigidas, a depender das atribuições de cada tipo de carreira.
Qual curso escolher para poder trabalhar em um banco?
Administração, Ciências Contábeis e Economia costumam ser as opções mais populares. No entanto, a escolha do curso para trabalhar em banco vai depender de quais são as suas aspirações profissionais e que tipo de carreira deseja seguir, uma vez que as possibilidades são vastas. Esta é uma lista das formações mais populares entre os bancários:
- Administração;
- Análise e Desenvolvimento de Sistemas;
- Ciência da Computação;
- Ciências Contábeis;
- Ciências Econômicas;
- Comércio Exterior;
- Direito;
- Gestão Comercial;
- Gestão da Tecnologia da Informação;
- Gestão de Recursos Humanos;
- Gestão Financeira;
- Logística;
- Marketing;
- Segurança da Informação.
Note que nem todos os cursos listados acima estão diretamente ligados ao mercado financeiro — embora o conhecimento nessa área ainda seja essencial. Um banco, afinal, conta com vários setores distintos. No Marketing, por exemplo, se desenvolvem ações de aproximação entre a instituição e o cliente, ações de melhoria de reputação, entre outros.
Para citar outro caminho possível, temos os cursos ligados à tecnologia. Os bancos lidam diariamente com volumes massivos de informações sensíveis, como os dados dos clientes. Logo, a busca por profissionais capazes de zelar pela segurança digital do local e desenvolver sistemas eficazes é alta.
Quais habilidades são necessárias para trabalhar em banco?
Familiaridade com matemática financeira, entendimento sobre produtos financeiros, capacidade de lidar com pressão e raciocínio rápido para resolução de problemas são algumas das habilidades mais buscadas por um banco.
Atualmente, a demanda por qualificações do tipo são divididas entre soft skills e hard skills. Ou seja, entre habilidades comportamentais e habilidades técnicas. Para você entender melhor, expliquei as diferenças entre cada uma e o que os recrutadores vão querer encontrar em você:
Soft skills
Aqui, temos as habilidades comportamentais. Elas se referem à forma como vai se relacionar com os colegas, os clientes e até consigo mesmo durante a sua rotina no trabalho.
Em um banco, as mais requisitadas são:
- Inteligência emocional;
- Comunicação clara;
- Gestão do tempo:
- Visão estratégica;
- Olhar inovador;
- Gerenciamento de estresse;
- Organização.
Primeiramente, você deve lembrar que o banco é um ambiente desafiador. Com metas para bater, clientes para atender e o mercado financeiro para acompanhar, a rotina dos colaboradores é bastante intensa e, para lidar com isso de forma eficiente, inteligência emocional e gerenciamento do estresse são duas competências indispensáveis.
No que diz respeito à comunicação, é imprescindível que ela seja acessível. Imagine só: todos os dias, você lidará com inúmeras pessoas, de diferentes contextos e com necessidades distintas — sejam elas colegas ou clientes. Se comunicar bem, portanto, é saber adaptar a sua linguagem para cada caso e ser capaz de escutar ativamente o que o outro está dizendo.
Antes de passarmos para as hard skills, vale a pena mencionar aqui a inovação nos bancos. Mesmo sem estar inserido nessa carreira, a transformação digital no setor é evidente. Afinal, hoje já temos instituições inteiramente digitais e podemos realizar praticamente todas as transações do nosso dia a dia usando um smartphone.
Além disso, algumas novidades nos últimos anos impactaram esse mercado. O open banking, por exemplo, permite que diferentes bancos compartilhem entre si os dados dos clientes, desde que estes forneçam autorização expressa para tal.
O público, por sua vez, se beneficia com a facilidade de encontrar e escolher os serviços e os produtos financeiros que sejam mais adequados às suas expectativas, sem precisar enfrentar muitas burocracias para obtê-los.
Nessa equação, os profissionais da carreira bancária precisam aprender a se adaptar à inovação — evoluir junto com a tecnologia. Com a digitalização dos bancos, surgiram novos modelos de negócio e necessidades por parte do público.
Há, ainda, a adequação às leis referentes à proteção de dados — a LGPD, por exemplo. Em resumo, não é à toa que cada vez mais os bancos buscam por candidatos com postura proativa e olhar inovador na rotina, que se mostrem capazes de se adaptar a um mercado que evolui continuamente e com rapidez.
Hard skills
As hard skills, por outro lado, se tratam de competências técnicas. Cursos, graduações, certificações e idiomas se enquadram nessa categoria.
Por mais que as soft skills tenham ganhado cada vez mais destaque, se tornando até compreensivelmente essenciais, o restante do seu currículo também deve estar robusto no que diz respeito a esta categoria.
Entre as hard skills mais buscadas, temos:
- Matemática financeira;
- Inglês para negócios;
- Gerenciamento de riscos;
- Análise de crédito;
- Conhecimento de produtos financeiros e de investimento;
- Finanças e economia;
- Contabilidade;
- Compreensão sobre a legislação;
- Capacidade de fazer projeções financeiras.
Nas primeiras experiências na carreira, é natural que um candidato não se enquadre em todos os tópicos dessa lista. No entanto, isso não significa que você não deva buscar todos esses aprimoramentos com afinco.
Para além de um curso de graduação adequado aos seus planos profissionais, recomendo que comece a conquistar suas certificações financeiras o quanto antes. Inclusive, muitas pessoas que ainda estão na faculdade aproveitam o momento para obter os primeiros selos.
Essas certificações funcionam como uma ferramenta de nivelamento dos profissionais. Ou seja, comprovam quais hard skills possuem e para quais tipos de função estão aptos a concorrer a uma vaga.
Fazer cursos de desenvolvimento profissional e participar de eventos, por outro lado, são outros dois caminhos possíveis para aprimorar as suas habilidades técnicas. O mais importante é que você permaneça em constante evolução, mesmo quando já não for um iniciante na carreira.
Quais são as certificações valorizadas pelo setor bancário?
CPA-10, CPA-20, CEA e CNPI são as certificações financeiras mais valorizadas pelo setor bancário, geralmente listadas como requisitos básicos em vagas abertas, a depender da função específica anunciada.
Cada uma delas comprova graus distintos de conhecimento do profissional sobre o mercado financeiro. Logo, não é recomendado que você obtenha uma só. É importante que, conforme avança na carreira, conquiste outros selos também, comprovando a sua evolução por meio desses selos, que ainda te abrem portas mais atrativas no mercado.
Entenda os atributos de cada uma das certificações citadas:
CPA-10
Essa é a primeira certificação da hierarquia da Anbima, que habilita profissionais a trabalharem com a distribuição de produtos de investimento no varejo, em agências bancárias ou em plataformas de atendimento.
Na prática, significa que, com a CPA-10, você poderia negociar planos de previdência, seguros e títulos de renda fixa, por exemplo.
Inclusive, esse se trata de um selo obrigatório para qualquer iniciante na carreira bancária. Sem a CPA-10, é muito improvável que você consiga estrear em um banco, já que é um requisito básico para a maioria das instituições.
CPA-20
Com a CPA-20, o profissional pode exercer todas as funções que a CPA-10 abrange, com o adicional de estar capacitado a atender clientes de alta renda, private e corporate. Logo, a rotina de comercialização de produtos de investimentos se torna mais complexa com o selo.
Para quem já está trabalhando em um banco e almeja ser promovido, obter a CPA-20 é um dos caminhos possíveis. Afinal, para cargos de maior responsabilidade, naturalmente uma certificação mais completa será exigida.
Por essa razão, muitas pessoas tentam esse selo diretamente, pulando a CPA-10. Caso você se sinta preparado para isso (lembre-se de que a prova da CPA-20 é mais complexa que sua antecessora), a estratégia vale a pena. Dessa maneira, muito provavelmente vai se destacar frente à concorrência, apresentando um currículo mais sólido e atrativo.
CEA
Seguindo a hierarquia da Anbima, temos a CEA, que concede ao profissional o título de especialista em investimentos. Além de poder desempenhar todas as funções da CPA-10 e CPA-20, ainda abre portas para se tornar consultor ou assessor de contas.
O grau de dificuldade desse exame é notoriamente maior que os demais. Por isso, não há tantos profissionais certificados pela CEA quanto há pela CPA-10, por exemplo. Em outras palavras, é um selo que traz distinção ao currículo, alçando você em cargos mais altos dentro de um banco.
CNPI
Emitida pela Apimec, é uma certificação obrigatória para quem atua como analista de valores mobiliários, ou seja, de debêntures, ações, entre outros. A exigência se dá pelo fato de que esse tipo de ocupação concede ao profissional o poder de decisão em um investimento. Logo, o selo é um mecanismo de segurança para preservar a integridade do sistema financeiro e da bolsa de valores.
Muitas pessoas confundem a CEA e a CNPI, uma vez que ambas estão fortemente relacionadas aos investimentos. No entanto, a CEA tem um viés mais comercial. Ou seja, é destinada ao planejamento financeiro e ao relacionamento com os clientes. O direcionamento da CNPI, por outro lado, é para as pesquisas de mercado e para a recomendação de ativos.
Qual o perfil para trabalhar em banco?
Em geral, os bancos buscam por perfis analíticos e de relacionamento. Em termos mais simples, são preferíveis candidatos que sejam ou lógicos e racionais, ou mais criativos e impulsivos. Obviamente, uma mescla dos dois extremos também é atrativo aos recrutadores, embora a carreira bancária tenha espaço para os dois estilos.
A cultura organizacional, é claro, muda de banco para banco. Enquanto alguns são mais conservadores e tradicionais, outros operam sob uma mentalidade mais inovadora e disruptiva. Em ambos, o ponto em comum é que o dia a dia é atarefado, desafiador e intenso.
Dessa maneira, não é de se surpreender que as instituições busquem não somente por perfis convencionais, capazes de fazer análises mais “frias”, como também candidatos que consigam oferecer olhares fora da caixa na hora de resolver problemas e aprimorar o relacionamento com o público.
Dica: cultivar as suas próprias competências (técnicas e comportamentais) é uma forma de se autoconhecer profissionalmente. Ou seja, de saber discernir qual é o seu perfil. Essa é uma informação valiosa sobre si mesmo e vai te ajudar a buscar vagas em instituições que estão dentro das suas expectativas profissionais.
Qual o valor do salário de um bancário?
O salário de um bancário varia de acordo com o cargo específico ocupado pelo colaborador. Para funções mais iniciais, como operador de caixa, o valor gira em torno de R$2.000,00 ao mês. Já uma posição mais alta, como a de gerente ou supervisor, pode facilmente ultrapassar os R$10.000,00.
De acordo com o Glassdoor, plataforma de empregos e carreiras, a média salarial de um bancário no Brasil é de aproximadamente R$6.000,00. Note que o salário também varia a depender da instituição específica onde o profissional trabalha e da região do Brasil onde está localizada.
Às remunerações, lembre-se de somar também os benefícios oferecidos pelos bancos, que geralmente são bastante generosos. Vale-transporte, vale-refeição e vale-alimentação são os mais frequentes, alcançando valores bem altos.
7 dicas para trabalhar em banco
Se trabalhar em um banco está nos seus planos e você está pronto para começar a sua carreira, essas 7 dicas que separei serão bem úteis na sua jornada:
1 – Escolha o melhor curso para os seus objetivos
Primeiramente, é preciso definir que tipo de carreira deseja trilhar. Dentro de um banco, para além das funções mais “clássicas”, como agente comercial ou assessor de investimentos, há opções em setores distintos, como marketing e tecnologia da informação.
Com uma visão clara dos seus objetivos, fica mais fácil escolher qual graduação seguir, em quais cursos de especialização investir e quais certificações financeiras obter para chegar lá.
2 – Aprenda inglês geral e para negócios
O mercado financeiro está cheio de termos em inglês. Além disso, acompanhar as notícias internacionais é uma forma de se manter atualizado e em constante desenvolvimento. Não menos importante, se futuramente uma carreira internacional estiver nos seus planos, é esse idioma que vai te abrir as portas.
Logo, recomendo que estude inglês de forma geral se ainda não o dominar. Caso já o saiba, invista em um curso voltado para negócios, uma vez que o vocabulário deste setor é bastante específico.
3 – Se familiarize com a matemática
Parece uma dica óbvia, mas muitas pessoas que almejam uma carreira em banco não se sentem tão confortáveis assim com os números. Se este é o seu caso, saiba que nenhum assunto é tão complexo assim quando dedicamos tempo para estudá-lo. O que acha, por exemplo, de investir em um curso totalmente voltado para a matemática financeira?
4 – Faça networking
Isso não significa se aproximar das pessoas unicamente por interesse. Muito pelo contrário: criar conexões genuínas não somente te ajuda a encontrar oportunidades de trabalho, como também te permite crescer a partir do compartilhamento de experiências. Oferecer o seu conhecimento e absorver o que os outros têm para ensinar te transformam em um profissional valioso para o mercado.
5 – Procure estágios e programas de Jovem Aprendiz
Enquanto ainda estiver estudando, optar por programas de estágio é um caminho bastante eficaz para viver as suas primeiras experiências na carreira bancária. Inclusive, é a sua chance de se mostrar empolgado para crescer, de aprender na prática como é a rotina de um banco e, quem sabe, conseguir ser efetivado futuramente.
6 – Estude sobre o banco onde vai fazer uma entrevista
Nem todos os bancos são iguais: alguns são tradicionais, outros mais inovadores. Na dúvida, pesquise bem sobre que tipo de instituição você gostaria de trabalhar e também qual é a cultura organizacional daquele que fizer uma entrevista. A capacidade de se adaptar é fundamental no mercado financeiro.
7 – Obtenha uma certificação financeira
Por último, e definitivamente não menos importante, ter uma certificação financeira no currículo é requisito obrigatório para trabalhar em banco. Na dúvida, comece pela CPA-10, um selo básico e que normalmente é a primeira escolha daqueles que ainda não têm experiência no mercado financeiro.
Conforme o seu conhecimento e a sua experiência aumentarem, invista em certificações de maior prestígio — jamais se contente com uma só. São elas que vão te fazer subir na carreira.
A TopInvest te ajuda a trabalhar em banco
Sabe as certificações financeiras necessárias para trabalhar em banco? Nós te ajudamos a passar de primeira naquelas que você escolher. Olha só:
- Curso preparatório TopInvest para CPA-10 Anbima;
- Curso preparatório TopInvest para CPA-20 Anbima;
- Curso preparatório TopInvest para CEA Anbima;
- Curso preparatório TopInvest para CNPI Apimec.
E tem mais: ao assinar a nossa Trilha de Sucesso, não somente se prepara para prestar as provas das principais certificações do mercado, como ainda se desenvolve profissionalmente conosco, com cursos de vendas, inglês para negócios, matemática financeira e mais.
Vem ser Top!
Deixe um comentário