O que é Yield to Maturity (YTM)?

O Yield to Maturity é o rendimento até o vencimento. Ou seja, a taxa de retorno que o investidor pode receber caso mantenha um título até o fim do prazo combinado.

Os juros a serem pagos dentro dessas condições geralmente são apresentados em forma de porcentagem anual. O cálculo do YTM serve, portanto, para que uma pessoa consiga visualizar quanto vai ganhar em determinada aplicação se não fizer nenhum resgate antecipado até o vencimento.

Como o Yield to Maturity considera todas as variáveis de um investimento (duração e juros, por exemplo), é uma excelente ferramenta de comparação de títulos e de antecipação de resultados em um portfólio.

Como calcular o Yield to Maturity?

A fórmula para calcular o Yield to Maturity é a seguinte:

YTM = C + FV -PVn/ FV + PV2

No cálculo, considere que:

  • C = taxa de juros paga no período;
  • FV = valor nominal ou valor de face;
  • PV = preço pago pelo investimento;
  • n = período de aplicação.

Exemplo de cálculo do YTM

Vamos supor que um investidor investiu em um título de dívida que paga juros equivalentes a R$50 por ano. A aplicação tem um valor nominal de R$1.000,00 e foi comprada por R$950. O prazo é de 5 anos.

Substituindo os valores da fórmula, ficaria assim:

  • C = R$ 50 (juros anuais);
  • FV = R$ 1.000 (valor de face);
  • PV = R$ 950 (preço pago);
  • n = 5 anos (período de maturação).

O cálculo, então, é feito desta maneira:

YTM = 50 + 1000 -9505/ 1000 + 9502

YTM = 50 + 10975

YTM = 60975

YTM = 0,0615 ou 6,15%

Logo, podemos concluir que o retorno até o vencimento da aplicação é de 6,15% anuais. 

Como interpretar o Yield to Maturity?

A interpretação do Yield to Maturity é relativa e vai depender dos objetivos de cada investidor, da tolerância ao risco e das nuances do mercado. 

Por exemplo: os mais conservadores tendem a preferir YTMs mais baixos. Afinal, ao mesmo tempo em que isso indica que o retorno anual será menor, também significa que o risco assumido não é tão grande. YTMs altos, por outro lado, apontam para aplicações mais arriscadas.

Vamos pensar em algumas situações práticas para que você entenda melhor o modo de interpretação. Títulos do governo tendem a ter YTMs menores, pois se tratam de aplicações de risco mais baixo. Se um ativo desta classe apresentar um Yield to Maturity de 2% em um momento de inflação controlada, a porcentagem pode ser vista como boa pelos perfis conservadores.

Em títulos corporativos, por outro lado, um YTM 6% pode ser atraente, assim como porcentagens de 8% e 10%. No entanto, ainda assim seria preciso analisar a solvência da empresa emissora.