Quem quer seguir carreira no mercado financeiro e tem interesse especial por investimentos, precisa conhecer a prestigiada Certificação Nacional do Profissional de Investimento (CNPI).
Concedida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), a CNPI é obrigatória para quem exerce a função de Analista de Valores Mobiliários, profissional que elabora análises de ativos e de empresas listadas na B3, com o objetivo de recomendar aplicações aos investidores.
Se você pensa que essa vaga é para ti ou ficou curioso para saber mais, siga adiante, que ao longo deste artigo explicarei em detalhes tudo o que você precisa saber sobre a CNPI e como se tornar um Analista de Valores Mobiliários. Entre outras coisas, responderei:
- Para que serve a CNPI?
- Como se tornar um CNPI?
- Requisitos para CNPI
- Como faço para tirar a CNPI?
- Quanto custa para tirar a CNPI?
- O que cai na prova da CNPI?
- Quanto tempo de estudo para tirar a CNPI?
- CNPI vale a pena?
Vamos nessa!
Para que serve a CNPI?
Mais conhecida pela sigla CNPI, a Certificação Nacional do Profissional de Investimento serve objetivamente para habilitar os profissionais do mercado financeiro a realizar análises e fazer recomendações de compra e venda de ativos negociados na bolsa de valores — como ações, debêntures, cotas de Fundos de Investimento (FI) e de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), entre outros.
A CNPI é uma certificação obrigatória para Analistas de Valores Mobiliários no Brasil. Para obtê-la, o profissional precisa ser aprovado nos exames da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
As provas são divididas em três módulos com focos específicos, cada um deles com 1h50 de duração e 60 questões de múltipla escolha. São eles:
Conteúdo Brasileiro (CB)
Com conteúdos de conhecimento básico para todos os tipos de Analistas de Investimento, aborda o mercado financeiro nacional de modo geral. Entre os assuntos estão: a legislação e regulamentação da bolsa de valores brasileira, com ênfase na atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e funcionamento da B3 e dos diferentes tipos de valores mobiliários de Renda Fixa e de Renda Variável.
Conteúdo Global I (CG1)
Voltado para Analistas Fundamentalistas, este exame abrange os principais componentes utilizados para analisar ações com base nos fundamentos de uma empresa. Entre os tópicos abordados estão a análise de demonstrativos financeiros, fluxo e gestão de caixa, fusões e aquisições, métricas de valuation, além de técnicas para avaliar o desempenho e o valor das companhias em um contexto internacional.
Conteúdo Técnico I (CT1)
Prova focada em temas comuns aos Analistas Técnicos, o CT1 aborda tópicos comuns usados para antever o comportamento de um ativo e avaliar tendências com base em dados históricos. Entre os temas englobados pelo exame estão: a oscilação de preços, tipos de gráfico, escalas e, claro, algumas das teorias que fundamentam este tipo de análise — como a Teoria de Dow e a Teoria de Ondas de Elliot.
Como se tornar um CNPI?
Para se tornar um CNPI é necessário ser aprovado nos exames correspondentes da Apimec. Existem três certificações diferentes para Analistas de Valores Mobiliários, cada uma habilitando para um tipo específico de análise:
CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento)
A CNPI habilita o profissional a atuar como Analista Fundamentalista. Com essa certificação, o analista pode elaborar relatórios sobre os fundamentos das empresas — como demonstrativos financeiros, fluxo de caixa e outros indicadores —, com o objetivo de recomendar ativos com base no seu valor intrínseco ou potencial de crescimento a longo prazo.
Para se tornar um Analista Fundamentalista certificado, é necessário ser aprovado em dois exames da APIMEC: o CB (Conteúdo Brasileiro) e o CG1 (Conteúdo Global I).
CNPI-T (Certificação Nacional do Profissional de Investimento — Técnico)
A CNPI-T habilita o profissional a atuar como Analista Técnico. Com essa certificação, o analista pode realizar estudos sobre o comportamento dos preços e padrões gráficos dos ativos, utilizando dados históricos para identificar tendências de mercado e antecipar movimentos futuros. Essa análise é voltada principalmente para operações de curto e médio prazo.
Para se tornar um Analista Técnico é necessário ser aprovado em dois exames da APIMEC: o CB (Conteúdo Brasileiro) e o CT1 (Conteúdo Técnico I).
CNPI-P (Certificação Nacional do Profissional de Investimento — Pleno)
A CNPI-P é a certificação mais completa das três, habilitando o profissional a atuar tanto como Analista Fundamentalista quanto como Analista Técnico. Com essa qualificação, o analista pode combinar as duas abordagens para realizar uma análise mais ampla e detalhada dos ativos, integrando o estudo dos fundamentos das empresas com a análise técnica de preços e tendências.
Para se tornar um Analista Pleno é necessário ser aprovado nos três exames da APIMEC: o CB (Conteúdo Brasileiro), o CG1 (Conteúdo Global I) e o CT1 (Conteúdo Técnico I).
Em resumo, as provas que precisam ser prestadas variam de acordo com o ramo de atuação que o analista pretende seguir. Para evitar confusão, vale detalhar quais são os exames obrigatórios para cada função:
Certificação | Para quem se destina | Exames obrigatórios |
CNPI | Analistas Fundamentalistas | Conteúdo Brasileiro (CB) + Conteúdo Global I (CG1) |
CNPI-T | Analistas Técnicos | Conteúdo Brasileiro (CB) + Conteúdo Técnico (CT1) |
CNPI-P | Analistas Plenos | Conteúdo Brasileiro (CB) + Conteúdo Global I (CG1) + Conteúdo Técnico I (CT1) |
Requisitos para CNPI
Não há pré-requisitos para a realização dos exames CNPI.
No entanto, para solicitar o certificado junto à APIMEC após ser aprovado, o candidato deve atender a algumas exigências estabelecidas na Resolução CVM nº 20, que regula a profissão de Analista de Valores Mobiliários. São elas:
- Possuir nível superior completo;
- Ser aprovado nos exames correspondentes;
- Aderir incondicionalmente ao código de conduta profissional;
- Ter reputação ilibada;
- Não estar inabilitado ou suspenso para o exercício de cargos em instituições financeiras ou em outras entidades autorizadas a funcionar pela CVM, Banco Central do Brasil, SUSEP e PREVIC;
- Não ter sido condenado por crimes econômicos, contra relações de consumo, contra a fé pública, contra a propriedade pública ou contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Quanto ao primeiro requisito (ensino superior completo), cabe aqui um par de observações. Primeiramente, o diploma só é exigido ao solicitar o certificado CNPI. Ou seja, é possível realizar as provas ainda durante a graduação.
Segundo, o certificado CNPI pode ser concedido para pessoas com formação em qualquer área do conhecimento, não sendo limitado a cursos de Ciências Exatas. São aceitos quaisquer diplomas de bacharelado, licenciatura ou tecnólogo, desde que reconhecidos pelo MEC.
Como faço para tirar a CNPI?
Quer tirar a CNPI, mas não sabe por onde começar? Fica tranquilo, para facilitar seu trabalho elaboramos um passo a passo didático explicando detalhadamente todas as etapas para obter a certificação para Analista de Valores Mobiliários:
- Fazer um curso preparatório;
- Realizar a inscrição;
- Definir quais provas vai escolher;
- Quando aprovado, solicitar o certificado CNPI;
- Fazer a atualização periódica da certificação.
Olha só:
- Curso
Não podia ser diferente: o primeiro passo para tirar a CNPI começa pela preparação. Afinal, para passar nos exames da Apimec é preciso dedicação e um bom plano de estudos. Embora não seja obrigatório, investir em um curso de preparação especializado nos exames CB, CG1 e CT1 pode fazer toda a diferença nessa etapa.
A CNPI possui um conteúdo programático vasto e complexo, cobrindo tópicos como legislação financeira, contabilidade financeira, análise de relatórios de desempenho e leitura de gráficos técnicos, entre tantos outros. O apoio de um curso pode facilitar muito o processo, ajudando a entender a estrutura das provas, dominar os temas exigidos e aumentar as chances de sucesso já na primeira tentativa.
Mas atenção: ao escolher um curso, é preciso ter alguns cuidados. Os editais das certificações financeiras, como a CNPI, passam por atualizações frequentes, e muitos materiais disponíveis online podem não acompanhar essas mudanças. Por isso, é essencial garantir que o curso escolhido esteja sempre atualizado com as últimas versões dos editais, assim como o Curso Preparatório CNPI da TopInvest.
- Inscrição
A inscrição para os CNPI é realizada diretamente na plataforma da Apimec. O candidato pode optar por realizar a prova de forma online ou presencial, em Centros de Testes da FGV disponíveis em quase todos os estados do Brasil.
Após escolher o exame, basta gerar o boleto e, assim que o pagamento for confirmado, agendar a prova. Importante citar que o agendamento deve ser feito em até 30 dias após a compensação do boleto. Caso contrário, a candidatura é cancelada automaticamente, sem direito a reembolso.
Outro ponto importante é que existe a liberdade de marcar todos os exames para o mesmo dia (em caso de disponibilidade) ou em datas diferentes.
No primeiro caso, o candidato só precisa prestar atenção para não selecionar mais de uma prova no mesmo horário. Lembrando sempre que cada exame tem duração de 1h50.
Quem preferir realizar as provas em datas diferentes, por sua vez, precisa respeitar o prazo máximo de 12 meses entre a aprovação em um exame e a execução do seguinte. Transcorrido esse tempo, será necessário refazer todo o processo desde o princípio.
Vale citar ainda que não existe uma ordem correta para a realização dos exames.
- Prova
A realização dos exames depende do cargo pretendido:
- Conteúdo Brasileiro (CB): prova base para todos os tipos de Analistas de Investimento — Fundamentalista, Técnico e Pleno. Esta deve ser complementada com um ou mais exames adicionais, dependendo da certificação desejada;
- Conteúdo Global 1 (CG1): etapa obrigatória apenas para Analistas Fundamentalistas e Plenos;
- Conteúdo Técnico 1 (CT1): exame necessário para Analistas Técnicos e Analistas Plenos.
Para ser aprovado, o candidato deve acertar no mínimo 40 questões em cada exame realizado. No caso da CG1, há ainda um requisito adicional: é necessário acertar pelo menos 50% em cada um dos dois módulos que compõem o exame — isto é, acertar ao menos 15 respostas em cada um deles.
Ao término da prova, o candidato já tem acesso ao seu desempenho provisório. Esse resultado, porém, é apenas preliminar, pois o exame pode, eventualmente, ter alguma questão anulada. As notas são divulgadas de forma definitiva em até 5 dias úteis no site da FGV, instituição parceira da Apimec e responsável pela realização dos exames.
- Certificação e credenciamento
Após a divulgação oficial da lista de aprovados, o certificado CNPI pode ser solicitado diretamente no site da Apimec, acessando a aba “Certificação/Credenciamento”.
Para solicitar o certificado, o candidato aprovado em qualquer modalidade (CNPI, CNPI-T ou CNPI-P) deve seguir os passos abaixo:
- Preencher o cadastro no site da Apimec;
- Imprimir e assinar o formulário de cadastro e o termo de adesão;
- Anexar os documentos exigidos, incluindo uma cópia autenticada do diploma de graduação.
Após enviar esses documentos à Apimec, o candidato receberá um e-mail com a confirmação e as informações sobre as taxas necessárias: uma taxa de emissão do certificado, no valor de R$195, e uma taxa trimestral de credenciamento de R$270, destinada aos profissionais que desejam exercer a atividade como analistas credenciados. Para quem se certifica mas não atua como analista, a taxa de manutenção é anual e tem o valor de R$450.
A principal diferença entre profissionais certificados e credenciados é que o credenciado, ao contrário do certificado, exerce a atividade de analista de valores mobiliários. Para os analistas que já estão credenciados mas desejam interromper temporariamente suas atividades, existe a opção de suspender o pagamento da taxa trimestral diretamente no portal da Apimec.
Atenção: o certificado fica disponível para solicitação por até um ano após a divulgação dos resultados dos exames. Caso esse prazo seja perdido, o profissional terá que refazer a inscrição e ser aprovado novamente nas provas para obter a certificação.
- Manutenção/Atualização
A certificação CNPI tem validade de 5 anos a partir da data de obtenção. Para manter-se qualificado e em conformidade com as novas normas e práticas do mercado financeiro, o analista certificado deve passar por um processo contínuo de atualização profissional.
Para isso, a Apimec estabelece que o Analista participe do Programa de Educação Continuada (PEC), o qual pode ser cumprido de duas formas:
- Participação em Cursos e Eventos: o analista pode acumular 160 créditos por meio de participação em cursos, palestras, workshops e seminários sobre temas relevantes ao setor financeiro;
- Exames de Reciclagem: como alternativa, o analista pode optar ainda por realizar os exames de reciclagem oferecidos pela Apimec para renovar sua certificação.
Além da reciclagem periódica, é importante que o analista mantenha o pagamento da taxa trimestral em dia para continuar credenciado e apto a exercer a atividade.
Quanto custa para tirar a CNPI?
Considerados os valores cobrados em outubro de 2024, o custo total dos exames para tirar a CNPI é de R$1.654,00 para Analistas Fundamentalistas e Analistas Técnicos, e R$2.573,00 para Analistas Plenos.
Cada prova é cobrada individualmente e existem diferentes descontos para associados da Apimec e da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão).
A tabela de preços é a seguinte:
Exame | Associado Apimec* | Associado Anapar* | Não-associado* |
Conteúdo de Reciclagem CNPI (CR) | R$425,25 | R$542,70 | R$603,00 |
Conteúdo de Reciclagem Técnico (CRT) | R$425,25 | R$542,70 | R$603,00 |
Conteúdo de Reciclagem Pleno (CRP) | R$461,25 | R$553,50 | R$615,00 |
* Taxas referentes a outubro de 2024
Os valores acima, importante frisar, compreendem apenas os valores das provas. Após a aprovação, o Analista tem alguns custos adicionais referentes a solicitação e manutenção do certificado. São eles:
- Emissão de certificado: valor de R$195,00 pago para obter o registro profissional após a aprovação nos exames;
- Taxa de manutenção: varia de acordo com a situação do profissional:
- Analistas credenciados (que exercem a função): taxa trimestral de R$270,00;
- Analistas certificados: taxa anual de R$450,00.
Fora isso, a cada 5 anos, profissionais que não tenham atingido o mínimo de 160 créditos em eventos como palestras ou cursos de atualização, precisam passar por exames de reciclagem de conteúdo. Os custos dessa provas são os seguintes:
Exame | Associado Apimec* | Associado Anapar* | Não-associado* |
Conteúdo de Reciclagem CNPI (CR) | R$425,25 | R$542,70 | R$603,00 |
Conteúdo de Reciclagem Técnico (CRT) | R$425,25 | R$542,70 | R$603,00 |
Conteúdo de Reciclagem Pleno (CRP) | R$461,25 | R$553,50 | R$615,00 |
* Taxas referentes a outubro de 2024
O que cai na prova da CNPI?
A CNPI é dividida em três exames, cada um com temas específicos e voltados para as diferentes especializações de analistas de valores mobiliários. O Conteúdo Brasileiro (CB) é etapa comum para todos os candidatos, enquanto os outros dois exames são complementares. O Conteúdo Global 1 (CG1) foca nas áreas de análise fundamentalista, e Conteúdo Técnico (CT1) na análise técnica.
Para facilitar, resumo abaixo o conteúdo programático de cada uma dessas provas:
- Conteúdo Brasileiro (CB):
- Sistema Financeiro Nacional: compreensão da estrutura, dos principais participantes e suas funções no mercado;
- Mercado de Capitais: transações de títulos e valores mobiliários;
- Mercado de Renda Fixa: modalidades de investimento, riscos associados e estratégias de alocação;
- Mercado de Derivativos: características, riscos e funções desses instrumentos financeiros;
- Conceitos econômicos: fatores econômicos e seus impactos sobre os investimentos;
- Conduta e relacionamento com clientes: princípios de integridade, transparência e proteção ao cliente;
- Governança corporativa, relações com investidores e sustentabilidade: normas éticas e exigências legais na atuação de analistas.
- Conteúdo Global 1 (CG1):
- Análises e avaliações de ações e finanças corporativas: métodos de valoração de empresas e uso de indicadores financeiros, com análise de fatores econômicos e corporativos;
- Contabilidade financeira e análise de relatórios financeiros: interpretação de demonstrações financeiras, incluindo fluxos de caixa e balanços.
- Conteúdo Técnico 1 (CT1):
- Fundamentos da Análise Técnica: identificação de padrões gráficos e tendências de preços;
- Teoria de Dow: conceitos, premissas e utilização;
- Conceito de tendência: identificação e análise de direções de preços;
- Figuras gráficas: padrões e objetivos de preços, considerando volumes de negociação;
- Teoria das Ondas de Elliott: reconhecimento de padrões de preços em ondas de impulso e correção;
- Padrões Candlestick: interpretação de representações gráficas de preços;
- Indicadores técnicos: rastreadores, osciladores, divergência e outros;
- Gerenciamento de risco: estratégias para mapeamento e mitigação de riscos;
- Estratégias operacionais: aplicação de estratégias de curto, médio e longo prazo;
- Trading systems: desenvolvimento de estratégias de negociação automatizadas por meio de algoritmos.
Quanto tempo de estudo para tirar a CNPI?
A TopInvest indica um período de aproximadamente 3 meses de preparação, considerado suficiente para estudar, praticar e revisar todo o conteúdo programático sem pressa, seguindo o método otimizado do nosso curso preparatório para a CNPI.
Esse tempo, claro, pode variar de acordo com sua disponibilidade diária e com sua familiaridade com o mercado financeiro e os tópicos da prova. O essencial é ter um plano de estudos estruturado e a dedicação para segui-lo.
A recomendação é que você distribua seu tempo entre curso, leitura de apostilas, prática com simulados e revisões para fixar o conteúdo. Uma estrutura comum para esse tipo de prova é: quatro dias para teoria, dois para exercícios e um para revisão. Outra opção é combinar todas essas atividades diariamente, dedicando 50% do tempo à teoria, 25% aos exercícios e 25% à revisão.
CNPI vale a pena?
Dizer que o número de investidores no Brasil não para de crescer já é chover no molhado. Com mais pessoas interessadas no mercado de capitais, cresce também a necessidade de profissionais financeiros qualificados para orientar esse público em suas decisões de investimento. Seguiu o raciocínio? O que estou sugerindo é que há uma demanda expressiva por Analistas de Valores Mobiliários.
Mas não é só isso. Além de muitas oportunidades, a CNPI também pode te garantir salários bem atrativos com uma concorrência ainda baixa.
Em resumo, entre outros pontos a se considerar, algumas das razões pelas quais vale a pena ter o CNPI em seu currículo incluem:
- Oportunidades de emprego;
- Salário atrativos;
- Baixa concorrência.
Para não deixar isso tão vago, a seguir apresento números e informações que mostram, em detalhes, como cada um desses benefícios se traduz na prática.
Oportunidades de emprego
A CNPI é uma das certificações que mais abrem portas no mercado financeiro. As atividades de um Analista de Valores Mobiliários fazem com que esses profissionais possam encontrar vagas em diferentes tipos de empresa e instituições da área da financeira incluindo, por exemplo:
- Bancos de investimento;
- Casas de research;
- Consultorias de investimento;
- Corretoras de valores;
- Departamentos financeiros de empresas, instituições públicas e órgãos reguladores do mercado financeiro;
- Empresas de auditoria e compliance;
- Entidades de Previdência Complementar;
- Family offices;
- Fundos de Investimento (FIs);
- Gestoras de valores mobiliários;
- Seguradoras.
Ou seja, o que não vai faltar são vagas para profissionais credenciados que querem trabalhar na área.
Baixa concorrência
Além do vasto campo de atuação em que um CNPI pode trabalhar, é importante destacar a baixa concorrência nessa profissão. Acredite: em um país continental como o Brasil, havia apenas 1.233 profissionais qualificados para exercer essa função em outubro de 2024. Com o crescimento do número de investidores, como já mencionado, fica claro que esse número está longe de atender à demanda.
Salários atrativos
Considerada a alta demanda e o pouco número de profissionais qualificados, os salários para Analistas com certificação CNPI tendem a ser, naturalmente, um atrativo à parte.
De acordo com números compilados por famosas plataformas de recrutamento como a Glassdoor, Robert Half e Vagas.com, o profissional com essa certificação pode esperar encontrar salários iniciais partindo de R$3.500,00. Analistas mais experientes, por sua vez, podem facilmente ultrapassar os R$20.000,00.
Qual a diferença entre CEA e CNPI?
Não é incomum que quem esteja se preparando para uma certificação financeira fique em dúvida entre a Certificação de Especialistas em Investimento da Anbima (CEA) e a Certificação Nacional dos Profissionais de Investimento da Apimec (CNPI). Afinal, ambas qualificam os profissionais para trabalhar com investimentos. Contudo, existem algumas diferenças fundamentais entre a atuação de um Analista de Investimentos (profissional com certificação CNPI) e a de um Especialista de Investimos (profissional com certificação CEA).
Para facilitar, vamos a uma breve introdução de cada uma dessas profissões:
Analista de Investimentos (CNPI)
Como o nome sugere, o Analista de Investimento é um profissional capacitado a formular análises sobre empresas e ativos financeiros negociados na bolsa de valores. O objetivo principal desse profissional é munir o investidor de informações que o auxiliem na tomada de decisão. Isto é: recomendar operações de compra, venda ou manutenção de investimentos.
Analistas de Valores Mobiliários possuem um campo de atuação bastante amplo, podendo trabalhar em gestoras de fundos, corretoras, bancos de investimento, casas de análise e assim por diante. Diferente de um Especialista em Investimentos (CEA), esse profissional pode fazer recomendações públicas de investimento.
Especialista em Investimentos
O Especialista em Investimento, por sua vez, tem um perfil mais comercial. Atuando, normalmente, em bancos ou corretoras de valores, esse profissional tem por função orientar produtos e estratégias de investimento com base no perfil de cada cliente. É uma certificação particularmente interessante para quem almeja, por exemplo, cargos de gerência dentro da carreira bancária.
É possível dizer, portanto, que a escolha entre essas certificações depende do rumo que se pretende seguir no mercado financeiro: a CEA é voltada para uma atuação mais próxima ao cliente, focada na venda de produtos financeiros; já a CNPI capacita o profissional para análise e recomendação de investimentos fundamentadas em dados de mercado e desempenho de ativos.
Se prepare para a CNPI com a TopInvest
Quer tirar a CNPI e se tornar um Analista de Investimentos? Então, podemos te dar uma mão. Abaixo separamos um par de materiais para te ajudar a se preparar para os exames da Apimec. Olha só:
- Apostilas gratuitas: material de estudo completo e atualizado de acordo com o último edital da Apimec;
- Simulado gratuito: teste seus conhecimentos com questões reais da CNPI.
Para quem quer aumentar as chances de passar de primeira, a TopInvest possui ainda cursos preparatórios específicos para a CNPI, CNPI-T e CNPI-P. Com mais de 30 horas de aula, todos são desenvolvidos com metodologia própria pensada para otimizar seu aprendizado e com foco no que realmente cai nos exames. Claro, tudo isso como suporte online direto com nossos professores, para esclarecer qualquer dúvida possa surgir referente aos assuntos estudados. Venha se preparar com a gente!
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