Princípio da confidencialidade no mercado financeiro: o que é? |
Quando se trabalha no mercado financeiro, lida-se todos os dias com uma quantidade absurda de dados e informações sobre empresas e clientes. A natureza disso tudo é, como você pode imaginar, confidencial. Por isso, se faz necessário o termo que dá título a este artigo: o princípio da confidencialidade.
O que é o princípio de confidencialidade?
Na relação entre um profissional do mercado financeiro e um cliente, há um depósito de confiança gigantesco por parte deste segundo. Imagine, afinal, que esta pessoa, por exemplo, compartilhará todos os detalhes financeiros – seus e de sua família – com um profissional ou empresa.
Estes detalhes, por sua vez, são privados. Assim, só podem ser utilizados ou compartilhados com outrem sob autorização expressa do cliente. Do contrário, o princípio da confidencialidade prevê que nenhuma informação, sob hipótese alguma, deve ser divulgada.
Onde é descrito o princípio de confidencialidade para o mercado financeiro?
O princípio de confidencialidade pode ser encontrado no código de ética da CVM. Porém, tamanha é sua importância que não é somente ali que você pode ler sobre ele.
Basicamente, profissionais certificados sempre estão automaticamente submetidos a este código de ética – este, inclusive, é tema de muita prova por aí.
Este princípio também sempre será encontrado nos contratos firmados entre contratantes e contratados. Ou seja, um consultor de investimentos sempre terá que mencionar isso ao fornecer um contrato para seu cliente.
Quando o princípio de confidencialidade pode ser quebrado?
Assim como toda regra, o princípio de confidencialidade também tem sua exceção. Uma delas é que, se a Justiça brasileira solicitar a liberação destes dados, eles devem ser liberados. Os motivos para isso costumam ser lavagem de dinheiro, procedimentos criminais, disputas civis e outras finalidades de cunho legal.
É claro que algumas situações são menos óbvias. Porém, mesmo assim há outros momentos nos quais o compartilhamento dos dados de um cliente é permitido:
- Atendimento de obrigações com seu contratante (empregador);
- Assessoria de colega da mesma instituição;
- Realização de operações por ordem do cliente;
- Defesa de acusações de conduta irregular.
Quando o princípio de confidencialidade é quebrado pelo cliente?
Acredite: isso acontece bastante. Muitos clientes copiam pessoas indevidas em troca de e-mails, por exemplo, ou falam abertamente suas informações em redes sociais – um mal bem preocupante da nossa realidade atual.
Nesses casos, a empresa não pode ser responsabilizadaresponsabilidade – afinal, as informações do cliente são de sua propriedade e eles têm total liberdade para manuseá-las da forma que preferirem.
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Como profissional do mercado financeiro, eu tenho a certeza de que o princípio da confidencialidade será uma tema bem presente na sua rotina. Lembre-se que, se quebrá-lo, você está passível de processos e até de exclusão de nome do quadro de profissionais das certificações.
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