A criatividade e o empreendedorismo são características comumente citadas como parte do DNA brasileiro. Certa ou não, essa visão pode ser traduzida em números. Segundo o Mapa das Empresas, relatório do Governo Federal, somente no primeiro quadrimestre de 2024, foram abertas quase 1,5 milhão de novas empresas no Brasil. O que significa 8 novos negócios a cada minuto.
Infelizmente, esse dado positivo é contrabalanceado com outro negativo: a dificuldade dessas companhias se manterem em pé. Uma prova disso está no mesmo estudo citado no parágrafo acima. Nos últimos 4 meses, 854.150 empresas fecharam as portas.
Esse não é, contudo, o único levantamento a refletir essa realidade. Segundo o Sebrae, por exemplo, 40% das empresas encerram suas atividades antes de completar cinco anos de atividade. Já dados apresentados pelo IBGE, mostram que esse número cai para 22,9% quando considerado o prazo de 10 anos.
Por mais que não exista um fator único que determine essas estatísticas, todas as pesquisas convergem ao afirmar que um dos principais fatores para o fracasso é a falta de capital de giro, ou o cálculo errado desse valor.
Um dos principais indicadores da saúde financeira de uma empresa, o capital de giro é um termo que todo profissional do mercado financeiro precisa compreender. Se você quer saber mais sobre o assunto, vem comigo!
Entre outras coisas, ao longo deste artigo, explicarei:
- O que é capital de giro;
- Para que serve;
- Quais são os tipos de capital de giro;
- Como calcular este indicador;
- Como conseguir capital de giro;
- Dicas para manter esse indicador saudável.
Vem comigo!
O que é capital de giro?
O capital de giro é o valor que uma empresa precisa ter em reserva para cobrir suas despesas e manter suas operações diárias funcionando normalmente, enquanto espera a entrada de novas receitas. Em termos mais simples, é a quantia necessária para fazer a companhia “girar” ou “dar a volta”, como a própria palavra dá a entender.
De maneira mais prática, o capital de giro pode ser entendido ainda como a diferença entre os ativos circulantes (valores disponíveis) e os passivos circulantes (soma de todas as obrigações e contas a pagar no curto prazo).
Para que serve o capital de giro?
O capital de giro serve para manter as operações diárias de uma empresa, enquanto os pagamentos pelos serviços e produtos oferecidos não são liquidados. Essa reserva é utilizada para cobrir as despesas operacionais de curto prazo. Ou seja, os valores dispensados no dia a dia para a manutenção regular das atividades da companhia.
Esse montante inclui despesas fixas e pontuais tais quais:
- Salários;
- Aluguel;
- Tributos;
- Pagamentos de fornecedores;
- Manutenção de estoque
- Contas de água, luz, telefone e internet.
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Atenção: não entram nessa conta, contudo, o dinheiro aplicado na expansão ou compra de novos bens, como imóveis e maquinário. Esses investimentos correspondem ao capital fixo, destinado a cobrir ativos usados para a produção de bens e serviços no longo prazo.
Que tal um exemplo prático e bastante básico para afastar qualquer confusão?
Então, imagine que uma empresa qualquer tenha vendido produtos à prazo, e só vá receber o pagamento das primeiras parcelas no mês subsequente. Nesse intervalo de tempo, porém, precisa repor o estoque, pagar os fornecedores, funcionários e todas as contas operacionais (água, luz, internet e assim por diante). Como dar à volta nessa situação? Isso mesmo, com o capital de giro.
Apesar do capital de giro, teoricamente, tenha que ser superior aos passivos circulantes mensais, para evitar passar sufoco, o ideal é que esse valor seja mais substancial. Nesse caso, serve também como um colchão de segurança para períodos de adversidade, onde os gastos superam as faturas. Essa é uma situação particularmente comum nos primeiros anos de uma empresa.
Quais são os tipos de capital de giro?
Líquido, negativo, próprio e associados a investimentos são os tipos de capital de giro que existem.
De forma mais ampla, o capital de giro é o dinheiro utilizado para financiar as operações da empresa durante os intervalos de tempo existentes entre pagamentos e recebimentos. Contudo, a depender da perspectiva observada ou das necessidades de gestão da empresa é possível que esse dado seja classificado em diferentes tipos.
Entenda:
Capital de giro líquido
O capital de giro líquido equivale ao resultado da subtração dos ativos circulantes e dos passivos circulantes de uma empresa. Em outras palavras, a diferença entre os valores que entram e saem do caixa regularmente.
Como o próprio termo sugere, o capital de giro líquido considera a liquidez dos ativos. Isto é, a facilidade com que podem ser convertidos facilmente em dinheiro. Por isso, bens e imóveis são desconsiderados nesta conta.
Capital de giro negativo
Quando o capital de giro de uma empresa está negativo, isso significa que os recursos disponíveis em caixa são insuficientes para suprir as despesas de curto prazo. Em outras palavras, existem mais contas a pagar do que dinheiro por entrar. Isso ocorre, como você já deve ter deduzido, quando o valor total dos ativos circulantes é inferior ao dos passivos circulantes.
É necessário destacar que um capital de giro negativo, por si só, não é necessariamente um mau sinal. Tudo depende do contexto.
Essa é uma situação completamente normal, por exemplo, para empresas que estão apenas começando. Afinal, com todos os investimentos iniciais e o esforço para consolidar a marca e a clientela, não é de se estranhar que os custos superem os ganhos nos primeiros meses — ou mesmo anos.
O importante é que essa situação esteja prevista no plano de negócios. Para não perder o controle, entretanto, é necessário que o giro de capital negativo não perdure por um prazo muito mais longo do que o esperado. Se os recursos próprios são consumidos meses a fio, a empresa pode ter que recorrer a empréstimos, e aumentar suas dívidas, levando a uma bola de neve de gastos.
Capital de giro próprio
O capital de giro próprio é basicamente o oposto do capital de giro negativo. Ou seja, esse valor corresponde ao saldo positivo dos ativos circulantes quando descontado os passivos circulantes.
Essa denominação faz referência ao fato de que a companhia não precisa de empréstimos para se sustentar em períodos em que não há lucro. Ela se mantém por conta própria.
Capital de giro associado a investimentos
O capital de giro associado a investimentos corresponde ao dinheiro que uma empresa precisa para sustentar os gastos resultantes de um novo projeto, expansão ou aquisição de ativos. Pode ser entendido ainda como uma reserva à parte utilizada para bancar os custos agregados do novo investimento, sem prejudicar o funcionamento das operações já existentes.
Além de considerar os custos de construção e da compra de novos equipamentos (capital fixo), uma companhia que decide aumentar sua planta industrial, por exemplo, também precisa montar uma reserva grande o suficiente para manter suas novas instalações, enquanto essas não geram lucros.
Qual a diferença entre capital social e capital de giro?
Agora que você já sabe a diferença entre capital fixo e capital de giro, para evitar confusão, ainda falta explicar um terceiro termo da “mesma família”: o capital social ou inicial.
Termo bastante recorrente no vocabulário de finanças, o capital social é o montante aportado pelos sócios e/ou acionistas para a abertura de uma empresa. Esse valor deve considerar, por exemplo: a compra de equipamentos, o aluguel ou compra de imóveis, e todas as demais despesas iniciais necessárias, como salários, campanhas de marketing e assim por diante.
O capital social é determinado no momento da constituição da empresa e está registrado no contrato social ou estatuto social. Pode ser composto por dinheiro, bens ou direitos aportados pelos sócios ou acionistas.
O capital de giro, por sua vez, é o valor destinado para que a empresa consiga manter suas operações a pleno vapor e pagar as contas em dia. É o que banca os gastos fixos da companhia.
Em suma, é possível dizer que o capital social é a base da empresa, enquanto o capital de giro é o que a sustenta daí por diante.
Como calcular o capital de giro?
O cálculo do capital de giro é bastante fácil. Sua fórmula é a seguinte:
Capital de giro = ativos circulantes – passivos circulantes
Onde:
- Ativos circulantes: são os ativos de alta liquidez de uma companhia. Isto é, tudo que pode ser facilmente convertido em dinheiro. Incluem:
- Dinheiro em espécie;
- Estoque;
- Investimentos de curto e curtíssimo prazo;
- Matéria-prima que serão usadas ou vendidas;
- Pagamentos por receber;
- Saldo em contas bancárias.
- Passivos circulantes: são as obrigações de curto prazo que uma empresa tem com terceiros, seja funcionários, fornecedores, prestadores de serviço ou mesmo o próprio governo. Incluem:
- Aluguel;
- Contas: de luz, água, telefone, internet;
- Dívidas com fornecedores;
- Impostos e outras taxas;
- Pagamento de matéria-prima;
- Salários e contribuições sociais.
Apesar de sua aparente simplicidade, para que esse cálculo seja bem aplicado, é preciso não esquecer de somar nenhum ativo ou passivo circulante. Na dúvida, lembre que “circulante” é tudo aquilo que vem e vai em um curto prazo de tempo. Tecnicamente, é o que pode ser convertido em dinheiro em um prazo de um ano ou que precisa ser pago ao longo deste período.
Calculou tudo certinho? Então, é momento de saber quantos meses o capital de giro líquido é capaz de bancar as atividades da empresa em eventuais momentos onde não há lucro ou quando as entradas estão abaixo das saídas.
Por precaução, não basta que esse valor cubra tão somente as contas de um mês. Deve ser visto como uma reserva de emergência para períodos de adversidade, como eventuais crises econômicas ou setoriais.
Como esse valor está reservado para imprevistos, não há como determinar exatamente qual a quantia ideal a ser guardada. Entretanto, há um consenso de que esse montante deve ser de três a seis vezes o valor dos passivos circulantes da companhia. Com esse valor, a gestão tem, via de regra, tempo para se reorganizar e colocar as contas em dia.
Importante: essa quantia deve ser determinada no plano de negócios, já que, não por acaso, empresas recém abertas tendem a demorar um tempo para que comecem a gerar lucro. Contudo, essa reserva deve ser preservada mesmo depois da companhia estar consolidada.
O capital de giro deve ser visto como um dinheiro de alta rotatividade e uma margem de segurança. Sempre que esse valor for usado, é preciso que se tenha o cuidado de que seja reposto.
Qual é a importância do capital de giro?
Quem estuda administração e gestão com mais profundidade, certamente já se deparou (ou vai se deparar) com autores e ou analistas que comparam o capital de giro com o “oxigênio”, o “sangue”, ou o “coração” de uma empresa. Embora a analogia — e a “anatomia” — possam variar, todas querem expressar a mesma imagem: a importância dessa reserva para o bom funcionamento e sobrevivência de um negócio.
Por mais que por lirismo metáforas tendem a exagerar uma situação para facilitar o entendimento, esse não é o caso. A formação de capital de giro e sua manutenção são, sem hipérboles, fatores vitais para uma companhia e um indicador importante de sua saúde financeira.
Como já destaquei anteriormente, o capital de giro é o valor reservado para manter as operações diárias enquanto a companhia espera por entradas de caixa. Essa reserva pode ser usada para cobrir discrepâncias temporais momentâneas entre pagamentos e recebimentos ou, até mesmo, para fazer com que uma empresa sobreviva a emergências ou períodos mais longos de sazonalidade.
A boa gestão do capital de giro também pode ser vista como uma prevenção contra endividamentos. Já que, ao ter uma boa reserva, a empresa pode evitar a necessidade de recorrer a empréstimos de curto prazo com juros altos para cobrir despesas imediatas.
Como conseguir capital de giro?
Recursos próprios, sociedades e parcerias, investidores, crowdfunding e financiamento bancário são algumas das ferramentas e possibilidades as quais uma empresa pode recorrer para conseguir capital de giro.
Após calcular as despesas e custos operacionais médios de uma empresa, muitos empreendedores acabam se perguntando como conseguir capital de giro. Afinal, levantar um montante suficiente para bancar todas as despesas e manter seis meses de uma companhia pode parecer um grande desafio.
Infelizmente, não há muito para onde correr. Para aumentar as chances de sucesso de um negócio, é preciso garantir esse dinheiro de qualquer forma. Essa reserva, como já mencionei, deve ser considerada desde o plano de negócios e pode ser formada por meio de diferentes fontes:
- Recursos próprios: é hora de quebrar o cofrinho em nome de seu negócio. Aqui vale tudo, uso das economias pessoais, liquidação de investimentos anteriores, venda de bens e assim por diante;
- Sociedade e parcerias: não tem como bancar o negócio sozinho? Uma boa saída é buscar um sócio ou parceiros que estejam dispostos a abrir a empresa com você;
- Investidores: não há ninguém de confiança para iniciar esse projeto? Uma possibilidade é apresentar sua ideia a um investidor anjo (pessoa que investe em startups em troca de participação acionária) ou a uma Venture Capital (investidores que fornecem capital para empresas com alto potencial de crescimento);
- Crowdfunding: o crowdfunding funciona como uma financiamento coletivo por meio de plataformas digitais. É a famosa “vaquinha”, mas digital;
- Financiamento bancário: por fim, outra alternativa convencional são os financiamentos bancários. Muitos bancos, inclusive, oferecem linhas de crédito especiais para pequenas empresas.
Lembre sempre: é melhor esperar mais e abrir as portas com a certeza de que tudo está em ordem do que se apressar e por impulso começar uma empresa, sem montar um bom colchão de segurança antes. Como diz aquele ditado já batido: “antes prevenir, que remediar”.
10 dicas para manter o capital de giro saudável
O capital de giro deve ser considerado tanto no planejamento financeiro quanto na gestão de caixa. Por isso, não basta conseguir levantar esse valor. Para que uma companhia não corra riscos ou passe por aperto, é preciso também saber como gerir esta reserva para que ela não diminua.
Felizmente, essa tarefa, quando bem estruturada, pode ser menos árdua do que parece. A seguir, destaco 10 dicas básicas que podem ser aplicadas em qualquer tipo de negócio para manter o capital de giro saudável.
Olha só:
1. Planeje o capital de giro necessário para sua operação
Pode parecer “chover no molhado”, mas a falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos que levam empresas à falência. Afinal, um negócio que começa com uma base bamba, feita às pressas, tem maiores chances de desabar.
Isso é evidenciado, por exemplo, em um estudo do Sebrae, que elencou as principais causas para o fechamento de empresas antes dos cinco primeiros anos de vida. Segundo os dados levantados, 82% das companhias encerradas tinham dedicado menos de 6 meses para o planejamento.
Dentre os empreendedores que não conseguiram dar andamento a suas empresas, 42% admitiram que não calcularam o nível de vendas necessário para cobrir riscos, enquanto 39% não sabiam qual era o capital de giro que precisam para abrir o negócio.
Falando nisso, 1 em cada 4 acredita que a companhia faliu justamente por falta de capital de giro.
2. Controle seus recebimentos e pagamentos diariamente
O capital de giro, você já sabe, corresponde à diferença entre os ativos circulantes e passivos circulantes de uma companhia. Para que as contas estejam em dia, esse resultado precisa ser positivo.
Esse cálculo, porém, só é fiável quando a empresa tem controle de todos os valores que entram e saem do caixa diariamente. Esses números precisam ser precisos, não arredondados, já que qualquer erro pode prejudicar o controle da reserva e, consequentemente, colocar as finanças em risco.
3. Negocie prazos e condições de pagamento com fornecedores
Não tenha receio de negociar melhores condições de pagamento com fornecedores. Isso pode incluir pode incluir prazos de pagamento mais longos ou descontos por pagamentos antecipados ou à vista.
Se preciso, para estreitar laços, considere ainda diminuir pedidos de fornecedores de menor relevância e concentrar as negociações com aqueles com que já há uma boa relação e espaço para diálogo.
4. Busque melhores formas de recebimento
Uma boa estratégia ataca todas as pontas ao mesmo tempo. Além de ajustar as condições com fornecedores, se possível, também é válido tentar melhorar os termos de recebimentos.
De maneira objetiva, quanto mais rápido o dinheiro em caixa, melhor. O ideal é priorizar vendas à vista ou no cartão de crédito, já que, nesse caso, sempre há a opção de antecipar os pagamentos com a operadora ou o banco.
Ao aumentar os prazos de pagamento e diminuir os de recebimento, o intervalo de tempo entre um e outro diminui. Como consequência, a quantia de capital de giro necessária para manter as operações também é reduzida.
5. Antecipe seus recebíveis
Outra maneira bastante comum de gerar capital de giro é antecipar seus recebíveis com bancos ou operadoras de cartão de crédito. Essa operação permite que a companhia tenha acesso imediato a faturas a receber, em troca do pagamento de uma taxa. Além disso, a instituição financeira assume a responsabilidade pelas cobranças.
Embora seja uma forma eficaz e imediata de melhorar o fluxo de caixa, é preciso usar esse recurso com cautela e planejamento. Afinal, a empresa está antecipando valores que seriam recebidos no futuro, o que pode enfraquecer o caixa mais adiante. Além disso, a taxa cobrada pela instituição financeira reduzirá as entradas esperadas.
6. Mantenha um estoque mínimo
Produto parado — ou esquecido — no almoxarifado é igual dinheiro desperdiçado. Manter um controle rigoroso do estoque é uma maneira eficaz de controlar excessos e liberar capital de giro.
Para eliminar despesas desnecessárias e otimizar as entradas, é necessário ter um diagnóstico de todos os produtos armazenados para identificar quais possuem maior e menor demanda.
Com isso feito, basta priorizar a compra de produtos com maior liquidez — aqueles com melhor saída. Além disso, para incrementar o capital de giro, também é possível fazer uma promoção para se livrar dos produtos de baixo giro.
7. Reveja seus custos
Quando se trata de formar uma reserva, reduzir gastos é mais prático — e tão eficiente quanto — aumentar as vendas ou fontes de receita.
Ao identificar custos produtivos que podem ser reduzidos ou mesmo cortados, é possível juntar uma quantia a mais todos os meses. De quebra, isso ainda respinga em uma melhora na margem operacional, indicador que mede o quanto uma companhia consegue lucrar para cada R$1,00 em vendas líquidas.
É preciso, contudo, ter o cuidado de, na ânsia de reduzir custos, não prejudicar a operação e a qualidade dos bens ou serviços oferecidos aos clientes.
8. Automatize seus processos financeiros
A tecnologia pode ser uma grande aliada para as finanças de uma empresa. Softwares de gestão financeira podem simplificar processos financeiros importantes como o monitoramento do fluxo de caixa e o gerenciamento de estoque.
Esses sistemas permitem, por exemplo, acompanhar as entradas e saídas de dinheiro em tempo real, emitir alertas para pagamentos e recebimentos, e gerar relatórios detalhados. Além de tornar a gestão financeira mais prática, os softwares também auxiliam na identificação de gargalos e oportunidades de melhoria, além de reduzir o risco de erros.
9. Invista em treinamento
Investir em cursos, workshops e outras formas de desenvolvimento profissional pode trazer retornos significativos para a empresa ao longo do tempo.
Uma equipe financeira e de gestão capacitada é capaz de identificar problemas com antecedência, propor soluções eficazes e implementar melhores práticas de gestão financeira.
10. Busque fontes de financiamento
Se mesmo aplicar todas as dicas anteriores, o capital de giro ainda não é suficiente, a saída é buscar alguma forma de financiamento para ganhar fôlego.
As opções aqui são variadas e depende dos gestores encontrar a mais adequada. Entre as fontes de financiamento mais conhecidas, posso citar:
- Empréstimos bancários: modelo mais tradicional de financiamento, os empréstimos bancários permitem que a empresa consiga a quantia necessária para equilibrar o caixa, pagando uma taxa de juros que pode ser paga em parcelas mensais;
- Linhas de crédito: são acordos preestabelecidos com bancos que permitem a retirada de dinheiro conforme a necessidade, pagando juros apenas sobre o valor utilizado;
- Aumento do capital social: empresas de capital aberto também podem recorrer a emissão de novas ações para levantar recursos;
- Conta garantida: tipo de crédito rotativo oferecido pelos bancos, onde a empresa tem um limite de crédito disponível para uso a qualquer momento. Em contrapartida, precisa oferecer alguma garantia para que o crédito seja liberado;
- Sale and Lease Back: consiste em vender ativos fixos da empresa (como máquinas ou imóveis) e, em seguida, alugá-los de volta, liberando capital sem perder o uso dos ativos. Ao final de um prazo estabelecido, o bem volta para a empresa.
Apesar de poder trazer um alívio para o caixa e permitir que a empresa siga operando, nenhuma forma de financiamento deve ser recorrente. Todo empréstimo resulta em uma forma de despesa e, no longo prazo, isso pode se tornar uma bola de neve de dívidas.
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