A carreira financeira é vasta. Se por um momento você pensou, por exemplo, que ela se resumia a trabalhar em bancos, se enganou. Prova disso é o número crescente de profissionais que desejam ser correspondente bancário. Você já tinha ouvido falar sobre? Hoje, eu vou te explicar tudo sobre essa profissão e por que ela vale a pena.
O que é um correspondente bancário?
Você já reparou que algumas lojas oferecem empréstimos? Ou que alguns lugares, como mercados, às vezes possibilitam que os clientes paguem boletos? Esses são os exemplos mais comuns do que é um correspondente bancário.
Em resumo, um correspondente bancário é um intermediário entre os clientes e os bancos. Em sua ocupação, ele oferece às pessoas os serviços financeiros normalmente encontrados nessas instituições, como pagamentos, financiamentos e empréstimos.
Por que os bancos precisam de um correspondente bancário?
A correspondência bancária amplia o alcance dos bancos em determinada localidade, especialmente naquelas onde não há nenhuma agência disponível.
Além disso, mesmo quando há agências no local, um correspondente bancário torna os serviços financeiros da instituição muito mais acessíveis e fáceis de serem solicitados. Ao financiar uma casa em uma imobiliária que oferece essa possibilidade, por exemplo, um cliente não precisa se dirigir até o banco para finalizar o processo.
Quem pode ser correspondente bancário?
Qualquer pessoa pode se tornar um correspondente bancário. Resumidamente, o único requisito para aderir à profissão é se submeter ao processo de registro junto à instituição bancária escolhida para tal.
Então, se o seu desejo é seguir esse caminho, tudo o que precisa fazer é escolher com qual produto financeiro vai atuar, quais bancos serão os seus parceiros, obter a certificação financeira obrigatória
Caso você já tenha uma empresa (imobiliária, concessionária ou afins), o procedimento é o mesmo — o que é uma facilidade para o empresário que apenas deseja expandir as operações ao oferecer esse serviço adicional.
O que faz um correspondente bancário?
Primeiramente, é importante esclarecer que um correspondente bancário não é uma Pessoa Física – é, obrigatoriamente, uma Pessoa Jurídica. Entendido? Agora, vamos às suas funções principais:
- Serviço de cobrança;
- Pagamento de contas;
- Fornecimento de cartão de crédito, que estarão sob a responsabilidade do banco ou da instituição que contratou o correspondente;
- Operações de câmbio;
- Recebimento e encaminhamento de propostas de abertura de contas;
- Análise de crédito;
- Transferências e movimentações.
No exercício destes serviços, um correspondente bancário jamais poderá solicitar o pagamento adiantado de nenhum cliente. Além disso, não deve impor nenhuma taxa extra pela realização dos serviços, nem fornecer empréstimo por conta própria, sem estar vinculado a uma instituição financeira.
Ser correspondente bancário vale a pena?
Segundo o Banco Central, 43,4% das cidades brasileiras não têm uma agência bancária disponível. Além disso, mesmo com a digitalização de inúmeros serviços financeiros, ainda há muita gente que precisa de atendimento presencial, ou que não tem acesso à internet para realizá-los por conta própria.
Por tudo isso, a profissão de correspondente bancário tem despontado como promissora para o futuro. Entretanto, o amplo mercado de atuação não é a única vantagem que se tem ao optar por esse caminho. Olha só:
Atuar em vários ramos
A lista de serviços de um correspondente bancário é longa. Portanto, o exercício dessa profissão pode ser feito de diferentes formas. É possível, por exemplo, apenas realizar pagamentos para os clientes. Caso você já tenha uma imobiliária, uma possibilidade é a de ofertar financiamento diretamente no seu estabelecimento.
Oferecer serviços de crédito personalizados
Um correspondente bancário pode estar vinculado a mais de um banco. Por consequência, tem a chance de oferecer aos clientes serviços personalizados, em busca das melhores taxas e condições para cada um. Neste tópico, entretanto, eu tenho um adendo bem importante: para atuar dessa forma, é indispensável que você entenda do assunto, certo?
Autogestão
Como uma Pessoa Jurídica à frente do seu próprio estabelecimento de correspondência bancária, muitas responsabilidades deverão ser assumidas. Um bom networking e uma excelente divulgação de seus serviços, por exemplo, são necessárias.
Ao mesmo tempo, é você quem comandará as suas ações e sua equipe. Ademais, também montará o seu próprio cronograma de horários, o que traz mais liberdade e dinamismo para a sua rotina.
Metas de produtividade
Por iniciativa própria muitos correspondentes bancários estabelecem metas mensais de produtividade. Mesmo assim, muitos bancos as estipulam também. Dessa forma, se tem um incentivo a mais para exercitar sua disciplina e organização.
Estas metas também são importantes para a sua remuneração, afinal, ela acontece de um jeito diferente. Não entendeu? Eu vou explicar:
Remuneração
Lembra que eu falei sobre como os correspondentes bancários são proibidos de estabelecerem taxas ou cobrarem pagamentos adiantados?
Tudo isso tem uma razão: a remuneração do correspondente é feita por sistema de comissionamento. Ou seja, é o banco quem paga o profissional pela execução dos serviços, não as pessoas. Por isso, quanto mais clientes tiver, melhor será a sua remuneração.
Quanto ganha um correspondente bancário
Como a remuneração é comissionada, o valor pode mudar mês a mês. De forma geral, correspondentes ganham entre R$1.500,00 e R$2.000,00, se falarmos de salário fixo.
De acordo com o Conselho Monetário Nacional, esses profissionais devem receber, à vista, 6% do valor total da operação que estão realizando. Portanto, se um dia você, como correspondente bancário, realizar um financiamento de R$500.000,00, sua comissão será de R$30.000,00.
Tabela de comissão para correspondentes bancários
A melhor forma de ter uma noção real dos ganhos de um correspondente bancário é consultar a tabela de valores da Febraban.
Assim, é possível consultar as porcentagens e os ganhos obtidos em cada operação financeira que um correspondente bancário pode oferecer aos clientes.
Como ser um correspondente bancário?
Se tornar um correspondente bancário é uma excelente opção para decolar a sua carreira financeira no futuro, ou para ampliar os seus horizontes atuais. Logo, se você deseja se tornar um, é só seguir esses passos que eu vou mostrar agora.
Obtenha uma certificação financeira
Se a sua pretensão é apenas oferecer o serviço de pagamento de contas e boletos, o processo é mais simples. Para isso, basta contatar o banco ao qual você deseja estabelecer um vínculo e entregar os documentos que te serão solicitados. Em geral, não há nada de muito complexo aqui, apenas comprovante de residência, seu CNPJ, etc.
Contudo, ao trabalhar com operações de crédito, ter uma certificação financeira se torna obrigatório. Dentre as opções disponíveis, estão:
- Febraban Completa ou ANEPS Completa: é possível se inscrever em ambas a qualquer momento, sem ter que esperar por determinado período. Além disso, saiba que as duas te autorizarão a trabalhar com Crédito Direto ao Consumidor, financiamento de veículos e crédito consignado;
- ABECIP CA-300 ou ABECIP CA-600: essas duas certificações são especiais para quem deseja trabalhar com crédito imobiliário. Portanto, se este for o seu desejo, é necessário ter a Febraban ou a ANEPS, além de uma ABECIP.
Inclusive, se precisar de auxílio para prestar as provas e conquistar as suas certificações, pode contar com a TopInvest, pois nós temos cursos preparatórios excelentes para te ajudar:
- Curso preparatório TopInvest Febraban;
- Curso preparatório TopInvest ANEPS;
- Curso preparatório TopInvest ABECIP CA-300;
- Curso preparatório TopInvest ABECIP CA-600.
Reúna os documentos necessários
Como eu já mencionei aqui, as instituições financeiras as quais você deseja se vincular irão solicitar alguns documentos para oficializar essa parceria. Entretanto, não há nada com o que se preocupar: apesar da lista diferir de acordo com cada banco, em geral eles pedem apenas pelo básico, como CNPJ, conta em banco e comprovante de residência.
Entre em contato com o banco
Por fim, é necessário ir presencialmente até a agência mais próxima do banco escolhido e conversar com o gerente local. É nesse momento que a parceria vai ser oficializada e você poderá atuar como correspondente bancário.
Qual o melhor banco para ser correspondente bancário?
Tudo depende das suas ambições, da cidade onde você mora (que instituições disponíveis você tem por aí) e dos serviços que pretende oferecer. Por via das dúvidas, eu trouxe aqui o que cada um dos bancos mais populares entre os correspondentes requerem para que um profissional possa se vincular a eles.
- Como ser correspondente bancário do Banco do Brasil: ser correntista do Banco do Brasil, reunir a documentação exigida e procurar a sua agência BB;
- Como ser correspondente bancário da Caixa: ter uma conta-correnteconta corrente da Caixa Econômica e se dirigir até uma agência Caixa com a documentação exigida;
- Como ser correspondente bancário do Santander: ser correntista do Santander, ter toda a documentação necessária e conversar com o gerente local na agência mais próxima de você.
Não se esqueça: caso a sua pretensão seja trabalhar com operações de crédito, a este passo a passo deve ser adicionada a certificação financeira!
Como se tornar um correspondente bancário?
Agora, você já sabe que qualquer pessoa pode se tornar um correspondente bancário, desde que se submeta ao processo de cadastro, basta aprender o passo a passo do processo para se preparar e começar a atuar dessa forma.
As etapas de registro são essas:
Tenha um CNPJ
Um correspondente bancário deve ser, obrigatoriamente, uma Pessoa Jurídica para trabalhar dessa forma. Se você já tiver uma empresa e deseja apenas contar com esse serviço extra nas suas atividades, não precisa abrir outro: basta seguir com o mesmo.
Caso seja MEI, saiba que essa modalidade tem autorização para ser um correspondente também. No entanto, note que o faturamento terá que permanecer dentro dos limites da categoria.
Estude através de um curso para correspondente bancário
Primeiramente, vale lembrar que, para receber a autorização do Banco Central para operar como um correspondente, é preciso obter uma certificação financeira específica, cujo objetivo é atestar que você possui os conhecimentos necessários para trabalhar dessa maneira.
Em geral, certificados do tipo não são baratos, e é necessário um aproveitamento mínimo para ser aprovado. Por isso, nada mais natural do que buscar por um curso preparatório na hora de estudar para a prova, a fim de garantir a melhor performance.
Obtenha a autorização do Banco Central
Quando se sentir pronto para prestar um exame certificador, é hora de verificar qual selo é o mais indicado para os seus planos como correspondente bancário e agendar a prova.
Por aqui, já falei sobre as opções. Vamos recapitular:
- Febraban ou ANEPS completa: te autorizam a trabalhar com Crédito Direto ao Consumidor, financiamento de veículos e crédito consignado;
- ABECIP CA-300 ou ABECIP CA-600: possibilitam que você atue com crédito imobiliário, e são adicionais às citadas anteriormente.
Adquira conhecimento sobre os processos necessários
Além da obrigação do selo de certificação financeira, é crucial compreender que conhecimentos gerais também são fundamentais para quem deseja se destacar como correspondente bancário. Afinal, embora o foco principal recaia sobre as habilidades financeiras e regulatórias, entender o contexto socioeconômico e as tendências do mercado pode ser um diferencial significativo — e esse tipo de habilidade só vem quando há dedicação e muito estudo contínuo.
Por exemplo: imagine só um correspondente bancário que possui conhecimentos sólidos sobre as mudanças nas políticas monetárias do país. Essa compreensão permite antecipar os possíveis impactos nos serviços financeiros oferecidos aos clientes, ajustando as soluções estratégicas de forma proativa. Da mesma forma, um entendimento profundo das tecnologias emergentes no setor financeiro, como blockchain e Inteligência Artificial, pode abrir oportunidades para inovação e eficiência nos serviços prestados.
Finalize o processo na instituição bancária
Depois de reunir toda a documentação necessária para se tornar um correspondente bancário — e após obter o selo estipulado — é só escolher para qual banco deseja prestar esses serviços e verificar de que forma o registro deve ser realizado.
Em geral, o procedimento é simples: no site de cada instituição, há uma página dedicada exclusivamente ao cadastro desses profissionais. Nela, o interessado deve preencher as informações solicitadas (dados básicos, pessoas e profissionais) e enviar os documentos requeridos. Por fim, o banco analisa o pedido de parceria, checa a sua certificação financeira e inicia o processo de correspondência com o seu CNPJ.
Quais são as vantagens em ser um correspondente bancário?
Se tornar um correspondente bancário é relativamente simples e pode ser uma grande opção de carreira para quem já tem um comércio e deseja oferecer serviços financeiros adicionais, ou para quem quer trabalhar nessa área, porém de maneira autônoma.
Dito isso, eu listei alguns outros benefícios que podem interessar você e te ajudar a decidir se esse caminho é realmente o ideal. Olha só:
- Flexibilidade: como correspondente bancário, você pode ter mais flexibilidade em termos de horários de trabalho e localização. Isso pode ser especialmente atraente, portanto, para aqueles que procuram uma carreira que permita conciliar melhor trabalho e vida pessoal;
- Baixo custo de entrada: comparado a abrir uma agência bancária tradicional, se tornar um correspondente bancário obviamente envolve custos mais baixos e acessíveis de entrada. É ,então, uma vantagem para empreendedores que procuram iniciar um negócio financeiro com investimento inicial limitado;
- Acesso a serviços financeiros: após ser autorizado a trabalhar como correspondente bancário, você pode fornecer uma variedade de serviços financeiros do setor para comunidades que, de outra forma, poderiam ter dificuldade de acesso a eles. Isso inclui, aliás, abrir contas bancárias, realizar transações bancárias, pagar contas e fornecer informações sobre produtos financeiros;
- Potencial de lucro: embora os lucros possam variar dependendo do volume de negócios e dos acordos específicos feitos com as instituições financeiras, os correspondentes bancários têm potencial para gerar receita através de taxas de serviço e comissões por transações realizadas. Na prática, quanto mais clientes atender, maiores serão os seus rendimentos mensais;
- Contribuição para a inclusão financeira: quando você fornece serviços financeiros em áreas onde as agências bancárias tradicionais podem ser escassas — como em cidades pequenas e isoladas — acaba desempenhando um papel importantíssimo na promoção da inclusão financeira. Afinal, você estará ajudando a garantir que pessoas em áreas rurais ou de baixa renda tenham acesso aos serviços bancários básicos, contribuindo para o desenvolvimento econômico dessas comunidades.
- Independência: por fim, ser um correspondente bancário permite que você seja o seu próprio chefe e administre seu próprio negócio. Com essa independência, é possível construir um empreendimento que esteja alinhado unicamente com os seus objetivos pessoais e profissionais.
A TopInvest ajuda você a se tornar um correspondente bancário
Além dos cursos preparatórios para as certificações necessárias para se tornar um correspondente bancário, eu recomendo que você busque estudar e se atualizar se inscrevendo no canal da TopInvest no YouTube. Por lá, temos novos vídeos toda semana, que são verdadeiras aulas para quem está na carreira financeira e deseja fornecer o melhor atendimento aos clientes!
Dúvidas frequentes sobre correspondente bancário
Tenho ainda mais algumas dúvidas para te responder!
MEI pode ser correspondente bancário?
Pode! Contudo, há um detalhe a ser observado: um MEI pode ter apenas um funcionário e tem faturamento limitado nesse CNPJ.
Além disso, o Código de Classificação de Atividades Econômicas, que corresponderia às atividades de correspondente bancário, já não está mais disponível para quem é MEI.
Atualmente, há apenas a categoria “Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente”, ou a sub-atividade “escritório de representação – filial de empresa estrangeira, exceto de bancos estrangeiros”.
O Banco Central não tem nenhuma especificação contra essa categoria. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, consulte os requisitos exigidos pelo banco que escolher.
Posso ser correspondente bancário em home office?
Pode! Em 2021 a atuação remota e em home office foi aprovada para os correspondentes bancários.
Gostou desse conteúdo sobre correspondente bancário? Em nosso canal do YouTube, você encontra muito mais!
Em resumo, um correspondente bancário é um intermediário entre os clientes e os bancos. Em sua ocupação, ele oferece às pessoas os serviços financeiros normalmente encontrados nessas instituições, como pagamentos, financiamentos e empréstimos.
Por que os bancos precisam de um correspondente bancário?
A correspondência bancária amplia o alcance dos bancos em determinada localidade, especialmente naquelas onde não há nenhuma agência disponível.
Além disso, mesmo quando há agências no local, um correspondente bancário torna os serviços financeiros da instituição muito mais acessíveis e fáceis de serem solicitados. Ao financiar uma casa em uma imobiliária que oferece essa possibilidade, por exemplo, um cliente não precisa se dirigir até o banco para finalizar o processo.
O que faz um correspondente bancário?
Primeiramente, é importante esclarecer que um correspondente bancário não é uma Pessoa Física – é, obrigatoriamente, uma Pessoa Jurídica. Entendido? Agora, vamos às suas funções principais:
- Serviço de cobrança;
- Pagamento de contas;
- Fornecimento de cartão de crédito, que estarão sob a responsabilidade do banco ou da instituição que contratou o correspondente;
- Operações de câmbio;
- Recebimento e encaminhamento de propostas de abertura de contas;
- Análise de crédito;
- Transferências e movimentações.
No exercício destes serviços, um correspondente bancário jamais poderá solicitar o pagamento adiantado de nenhum cliente. Além disso, não deve impor nenhuma taxa extra pela realização dos serviços, nem fornecer empréstimo por conta própria, sem estar vinculado a uma instituição financeira.
Ser correspondente bancário vale a pena?
Segundo o Banco Central, 43,4% das cidades brasileiras não têm uma agência bancária disponível. Além disso, mesmo com a digitalização de inúmeros serviços financeiros, ainda há muita gente que precisa de atendimento presencial, ou que não tem acesso à internet para realizá-los por conta própria.
Por tudo isso, a profissão de correspondente bancário tem despontado como promissora para o futuro. Entretanto, o amplo mercado de atuação não é a única vantagem que se tem ao optar por esse caminho. Olha só:
Atuar em vários ramos
A lista de serviços de um correspondente bancário é longa. Portanto, o exercício dessa profissão pode ser feito de diferentes formas. É possível, por exemplo, apenas realizar pagamentos para os clientes. Caso você já tenha uma imobiliária, uma possibilidade é a de ofertar financiamento diretamente no seu estabelecimento.
Oferecer serviços de crédito personalizados
Um correspondente bancário pode estar vinculado a mais de um banco. Por consequência, tem a chance de oferecer aos clientes serviços personalizados, em busca das melhores taxas e condições para cada um. Neste tópico, entretanto, eu tenho um adendo bem importante: para atuar dessa forma, é indispensável que você entenda do assunto, certo?
Autogestão
Como uma Pessoa Jurídica à frente do seu próprio estabelecimento de correspondência bancária, muitas responsabilidades deverão ser assumidas. Um bom networking e uma excelente divulgação de seus serviços, por exemplo, são necessárias.
Ao mesmo tempo, é você quem comandará as suas ações e sua equipe. Ademais, também montará o seu próprio cronograma de horários, o que traz mais liberdade e dinamismo para a sua rotina.
Metas de produtividade
Por iniciativa própria muitos correspondentes bancários estabelecem metas mensais de produtividade. Mesmo assim, muitos bancos as estipulam também. Dessa forma, se tem um incentivo a mais para exercitar sua disciplina e organização.
Estas metas também são importantes para a sua remuneração, afinal, ela acontece de um jeito diferente. Não entendeu? Eu vou explicar:
Remuneração
Lembra que eu falei sobre como os correspondentes bancários são proibidos de estabelecerem taxas ou cobrarem pagamentos adiantados?
Tudo isso tem uma razão: a remuneração do correspondente é feita por sistema de comissionamento. Ou seja, é o banco quem paga o profissional pela execução dos serviços, não as pessoas. Por isso, quanto mais clientes tiver, melhor será a sua remuneração.
Quanto ganha um correspondente bancário
Como a remuneração é comissionada, o valor pode mudar mês a mês. De forma geral, correspondentes ganham entre R$1.500,00 e R$2.000,00, se falarmos de salário fixo.
De acordo com o Conselho Monetário Nacional, esses profissionais devem receber, à vista, 6% do valor total da operação que estão realizando. Portanto, se um dia você, como correspondente bancário, realizar um financiamento de R$500.000,00, sua comissão será de R$30.000,00.
Tabela de comissão para correspondentes bancários
A melhor forma de ter uma noção real dos ganhos de um correspondente bancário é consultar a tabela de valores da Febraban.
Assim, é possível consultar as porcentagens e os ganhos obtidos em cada operação financeira que um correspondente bancário pode oferecer aos clientes.
Como ser um correspondente bancário?
Se tornar um correspondente bancário é uma excelente opção para decolar a sua carreira financeira no futuro, ou para ampliar os seus horizontes atuais. Logo, se você deseja se tornar um, é só seguir esses passos que eu vou mostrar agora.
Obtenha uma certificação financeira
Se a sua pretensão é apenas oferecer o serviço de pagamento de contas e boletos, o processo é mais simples. Para isso, basta contatar o banco ao qual você deseja estabelecer um vínculo e entregar os documentos que te serão solicitados. Em geral, não há nada de muito complexo aqui, apenas comprovante de residência, seu CNPJ, etc.
Contudo, ao trabalhar com operações de crédito, ter uma certificação financeira se torna obrigatório. Dentre as opções disponíveis, estão:
- Febraban Completa ou ANEPS Completa: é possível se inscrever em ambas a qualquer momento, sem ter que esperar por determinado período. Além disso, saiba que as duas te autorizarão a trabalhar com Crédito Direto ao Consumidor, financiamento de veículos e crédito consignado;
- ABECIP CA-300 ou ABECIP CA-600: essas duas certificações são especiais para quem deseja trabalhar com crédito imobiliário. Portanto, se este for o seu desejo, é necessário ter a Febraban ou a ANEPS, além de uma ABECIP.
Inclusive, se precisar de auxílio para prestar as provas e conquistar as suas certificações, pode contar com a TopInvest, pois nós temos cursos preparatórios excelentes para te ajudar:
- Curso preparatório TopInvest Febraban;
- Curso preparatório TopInvest ANEPS;
- Curso preparatório TopInvest ABECIP CA-300;
- Curso preparatório TopInvest ABECIP CA-600.
Reúna os documentos necessários
Como eu já mencionei aqui, as instituições financeiras as quais você deseja se vincular irão solicitar alguns documentos para oficializar essa parceria. Entretanto, não há nada com o que se preocupar: apesar da lista diferir de acordo com cada banco, em geral eles pedem apenas pelo básico, como CNPJ, conta em banco e comprovante de residência.
Entre em contato com o banco
Por fim, é necessário ir presencialmente até a agência mais próxima do banco escolhido e conversar com o gerente local. É nesse momento que a parceria vai ser oficializada e você poderá atuar como correspondente bancário.
Qual o melhor banco para ser correspondente bancário?
Tudo depende das suas ambições, da cidade onde você mora (que instituições disponíveis você tem por aí) e dos serviços que pretende oferecer. Por via das dúvidas, eu trouxe aqui o que cada um dos bancos mais populares entre os correspondentes requerem para que um profissional possa se vincular a eles.
- Como ser correspondente bancário do Banco do Brasil: ser correntista do Banco do Brasil, reunir a documentação exigida e procurar a sua agência BB;
- Como ser correspondente bancário da Caixa: ter uma conta corrente da Caixa Econômica e se dirigir até uma agência Caixa com a documentação exigida;
- Como ser correspondente bancário do Santander: ser correntista do Santander, ter toda a documentação necessária e conversar com o gerente local na agência mais próxima de você.
Não se esqueça: caso a sua pretensão seja trabalhar com operações de crédito, a este passo a passo deve ser adicionada a certificação financeira!
Dúvidas frequentes sobre correspondente bancário
Tenho ainda mais algumas dúvidas para te responder!
MEI pode ser correspondente bancário?
Pode! Contudo, há um detalhe a ser observado: um MEI pode ter apenas um funcionário e tem faturamento limitado nesse CNPJ.
Além disso, o Código de Classificação de Atividades Econômicas, que corresponderia às atividades de correspondente bancário, já não está mais disponível para quem é MEI.
Atualmente, há apenas a categoria “Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente”, ou a sub-atividade “escritório de representação – filial de empresa estrangeira, exceto de bancos estrangeiros”.
O Banco Central não tem nenhuma especificação contra essa categoria. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, consulte os requisitos exigidos pelo banco que escolher.
Posso ser correspondente bancário em home office?
Pode! Em 2021 a atuação remota e em home office foi aprovada para os correspondentes bancários.
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Comentários
excelente explicação tirei todas as minhas duvidas a melhor que vi ate agora
Excelente informações
Gostei muito do conteúdo, bem esclarecedor. Interessante.
Melhor explicação da internet, parabéns pela dedicação!
Excelente conteúdo,melhor explicaçãoque já li. Obrigado.