Ingressar na carreira bancária é uma de suas ambições? Se sim, você já deve saber que há um detalhe tão importante quanto as certificações financeiras pertinentes: o currículo para o banco.
A razão é bastante clara: este documento é basicamente um resumo do seu histórico profissional. Considerando a competitividade presente em instituições desse tipo, é crucial que você aprenda a criar um currículo completo, atrativo e que vai te abrir portas nesse mercado.
Interessado em aprender a montar o seu? Então, continue nesse artigo, pois nele você aprenderá:
- Como montar um currículo para bancos;
- Quais as habilidades fundamentais para trabalhar nessas instituições;
- 7 dicas do que pode ser acrescentado no seu currículo;
- Erros a serem evitados na montagem;
- Como enviar o seu currículo para os bancos.
Te parece imperdível? Continue comigo!
Como fazer um currículo para banco?
Cada banco é único. Por isso, é recomendável que o seu currículo também o seja. Em termos mais simples, isso significa que você deve adequar formatos, cores e conteúdo de acordo com a vaga pretendida.
Além disso, caso a sua carreira tenha sido construída em diferentes áreas, procure focar em experiências e formações relevantes ao setor financeiro. Não somente a faculdade que você frequentou é importante nesse contexto, mas também as certificações que obteve, os softwares e ferramentas que domina e os idiomas que é capaz de falar.
Outra recomendação bastante útil é a seguinte: aposte em uma apresentação inicial que sirva como um complemento para o restante do currículo. Esse texto deve ser mais curto, bastante claro e, como já era de se esperar, alinhado aos valores do banco em questão.
Até aqui, você teve apenas uma visão geral de como este documento deve ser construído. Para descobrir 7 dicas fundamentais para o seu currículo para banco, porém, siga comigo que eu já chego lá!
Quais habilidades são necessárias para trabalhar em banco?
Habilidades do tipo devem estar presentes em seu currículo de formas variadas: por meio de graduações, cursos de desenvolvimento profissional, certificações financeiras, eventos, etc. Vale lembrar, inclusive, que não somente conhecimentos técnicos são valorizados, mas soft skills também — capacidades de natureza comportamental, cada vez mais importantes no mercado financeiro moderno.
Para que você compreenda que tipo de habilidades deve cultivar ao longo de sua formação, eu fiz uma lista completa das principais:
- Conhecimento profundo em produtos bancários (contas, empréstimos, financiamentos, investimentos etc.)
- Atendimento ao cliente e relacionamento interpessoal, especialmente entre diferentes colegas e equipes;
- Capacidade de análise e interpretação de dados e relatórios financeiros;
- Conhecimentos em matemática financeira e uso da calculadora HP12c;
- Excelente habilidade de comunicação verbal e escrita, e que seja de fácil adaptação a diferentes públicos;
- Proficiência em softwares e sistemas bancários;
- Capacidade de gerenciar e resolver conflitos, mesmo sob pressão;
- Conhecimento em regulamentações, leis e normas do setor bancário, bem como disposição para se manter atualizado sobre quaisquer mudanças que possam ocorrer;
- Habilidade em vendas e negociação;
- Compreensão de diferentes tipos de riscos e gestão financeira;
- Capacidade de trabalhar sob pressão e em prazos estabelecidos, além de determinação para o cumprimento de metas;
- Flexibilidade e adaptabilidade a mudanças;
- Excelente habilidade de organização e planejamento;
- Comprometimento e discrição para lidar com informações confidenciais;
- Conhecimentos em gestão de carteiras e diferentes classes de investimentos;
- Visão analítica e proativa para identificar oportunidades promissoras de negócio;
- Conhecimento em análise de crédito e perfil de cliente;
- Facilidade para lidar com a tecnologia e propensão para utilizar a inovação ao seu favor;
- Proficiência em ferramentas de análise de mercado e tendências financeiras.
A lista te parece longa? Não se preocupe! Como eu já mencionei, todas essas características são cultivadas de formas distintas ao longo de sua formação. Na própria carreira bancária, inclusive, você terá a chance de desenvolver inúmeros conhecimentos técnicos e habilidades comportamentais que serão valiosos para o seu futuro.
7 dicas do que colocar no currículo para trabalhar em banco
Preparado para conferir 7 dicas práticas do que é imprescindível acrescentar no seu currículo para o banco? Então, vamos lá!
Não esqueça nenhum dado pessoal no currículo
Essas informações devem constar no cabeçalho do seu currículo e é primordial que você não esqueça de nada — afinal, esses dados serão utilizados pelos recrutadores para te contatar. Eis aqui os tópicos mais importantes:
- Nome completo;
- Endereço (cidade, estado e bairro);
- Telefone fixo e celular (com DDD!);
- E-mail profissional;
- LinkedIn.
Dica extra: como estamos, há tempos, vivendo uma era digital e os próprios bancos têm se mantido atualizados dentro desse contexto, você pode se valer de recursos tecnológicos para, por exemplo, linkar seu e-mail e seu perfil no LinkedIn no currículo. Assim, é possível otimizar o tempo do recrutador.
Capriche na descrição dos seus objetivos profissionais
Após inserir suas informações básicas e de contato, não vá direto para a experiência profissional: prefira acrescentar uma descrição profissional e elencar alguns de seus principais objetivos.
Nessa etapa, lembre-se de que esses textos devem ser complementares ao resto do currículo. Em outras palavras: não repita informações que já irão aparecer em outras seções do documento. Seja original e criativo e realmente escreva uma descrição que te defina e que te torne atraente aos olhos do recrutador.
Dica extra: algumas perguntas podem ser úteis para nortear o seu processo criativo, tais como:
- O que me torna diferente da concorrência?
- Quais são minhas realizações profissionais mais relevantes?
- Como posso resumir a minha experiência profissional de forma clara e concisa?
- Como posso transmitir a minha paixão e entusiasmo pelo setor financeiro em uma descrição breve?
- Como essa vaga condiz com as minhas aspirações para o futuro?
Organize a sua formação acadêmica
Agora, chegamos a uma das etapas mais importantes do seu currículo: a sua formação acadêmica. Na dúvida, siga esse checklist de informações para que nada importante fique para trás:
- Modalidade e nome do curso;
- Instituição de ensino;
- Local da instituição;
- Duração do curso.
Dica extra: ao montar o seu currículo, invista tempo e esforço na construção de um layout que seja agradável, limpo e bem organizado. Mais do que trazer mais personalidade ao documento, você ainda contribui para que o recrutador analise adequadamente todos os pontos importantes da sua trajetória.
Dê detalhes sobre a sua experiência profissional
Nessa etapa, dê preferência para experiências que fazem sentido com os seus objetivos atuais. Em outras palavras, se você, anos atrás, trabalhou em algo totalmente fora de sua área, prefira deixar essa informação de lado.
Para que você não se perca, siga esse padrão:
- Nome da organização;
- período em que você ocupou a vaga;
- Título do cargo;
- Descrição das atividades.
Dica extra: no currículo, o ideal é que você se atenha à versão resumida dos fatos. Ou seja, liste, na seção de experiências profissionais, apenas o que for estritamente necessário. No LinkedIn, entretanto, há mais espaço para entrar em detalhes. Por lá, além de listar dados básicos como esses que acabei de listar, também é possível mencionar conquistas e aprendizados mais específicos. Assim, você mostra ao recrutador de que forma determinada experiência te engrandeceu.
Informe os idiomas que você sabe falar
No mercado financeiro, saber falar mais de um idioma é visto com excelentes olhos pelos recrutadores. Termos específicos em inglês, bem como clientes e notícias internacionais são alguns dos elementos que farão parte da sua rotina — assim, é melhor estar preparado!
No currículo, uma boa maneira de listar essa habilidade é informando seu nível de domínio da língua nas categorias escrita, fala e compreensão auditiva. Diferentes cargos, afinal, requerem capacidades distintas, e especificar as suas pode te ajudar.
Dica extra: embora o inglês seja, sem dúvidas, uma espécie de idioma universal, apostar no espanhol também pode ser uma boa ideia. Ultimamente, tem se observado uma crescente do idioma no âmbito financeiro e de negócios.
Inclua suas competências e habilidades
Aqui, temos um espaço especial para listar todas as suas habilidades. Você pode distribuí-las em tópicos, de forma breve.
Nessa seção, lembre-se de dar preferências a palavras-chavepalavras-chaves, bem como de adequar suas escolhas ao cargo pretendido. Novamente, reforço que você invista em um layout bem organizado, para que todos os dados sejam de fácil leitura e rápida compreensão do recrutador.
Alguns termos frequentes e que especificamente dizem respeito aos conhecimentos bancários são:
- Análise de crédito;
- Produtos bancários;
- Gestão de riscos;
- Atendimento ao cliente;
- Investimentos;
- Sistemas bancários (você pode mencionar plataformas específicas);
- Análise de mercado financeiro;
- Finanças corporativas;
- Compliance bancário.
Listo, também, algumas ideias de competências gerais:
- Comunicação interpessoal;
- Trabalho em equipe;
- Organização;
- Proatividade;
- Resolução de problemas;
- Flexibilidade;
- Pensamento analítico;
- Capacidade de negociação;
- Adaptabilidade a mudanças.
Adicione os principais cursos, certificações financeiras e outras experiências
Finalmente, um dos requisitos mais importantes pedidos pelos bancos: as certificações financeiras. Estes selos são obrigatórios para muitas vagas e, de qualquer forma, servem para dar mais prestígio ao profissional, mostrando que este detém uma série de conhecimentos específicos e fundamentais para a carreira financeira.
Ao buscar vaga em bancos, algumas certificações que podem ser úteis e certamente serão requisitadas são:
- CPA-10 (Anbima);
- CPA-20 (Anbima);
- CEA (Anbima);
- AAI (Ancord);
- CGA (Anbima);
- Planejar CFP;
- CA-300 (Abecip);
- CA-600 (Abecip).
Dica extra: alguns itens não-obrigatórios para a formação de um profissional podem te colocar à frente da concorrência e demonstrar que você é alguém dedicado à carreira. Eventos e conferências, por exemplo, podem ser listados no currículo, desde que sejam relevantes para a vaga em questão.
O que não fazer ao montar um currículo?
Chegou o momento de te colocar à frente da concorrência e te prevenir de alguns dos erros mais comuns ao enviar um currículo para o banco. Dá uma olhada em tudo o que você deve evitar:
- Jamais envie um currículo desatualizado, sem informações relevantes ou com erros de português (este último prejudica a sua credibilidade);
- Não utilize um e-mail que não seja profissional para enviar o currículo. Prefira endereços que simples, como a junção de seu nome e sobrenome, e opte por servidores confiáveis, como o Gmail;
- Sempre que possível, envie uma carta de apresentação personalizada e direcionada à vaga pretendida junto ao currículo. Lembre-se, porém, de não repetir informações que já serão vistas pelo recrutador;
- Não utilize fontes e formatações exageradas ou pouco legíveis no currículo. Também não pese a mão nas cores do documento, muito embora fugir do tradicional seja, sim, uma boa ideia;
- Não mencione experiências ou habilidades que não são relevantes para a vaga em questão;
- Não liste informações falsas ou exageradas sobre suas experiências e qualificações. Jamais minta, por exemplo, sobre as atribuições de um cargo anterior ou sobre a posse de uma certificação;
- Não envie o currículo sem pesquisar sobre o banco e sobre a vaga para adequar suas informações ao perfil da instituição. Um perfil genérico certamente será preterido em detrimento de outros currículos;
- Não deixe de incluir informações importantes, como contatos atualizados, formação acadêmica e experiências profissionais recentes. Esses tópicos são básicos no currículo;
- Não envie o currículo sem adaptar a sua apresentação para a cultura e para os valores do banco. Esse cuidado demonstra comprometimento e aumenta as suas chances de ser chamado para uma entrevista;
- Não enviar o currículo em um formato não solicitado (na dúvida, prefira PDF) ou em excesso, incluindo documentos desnecessários. Também evite aplicar um documento com muitas páginas (duas são suficientes, a não ser que a sua bagagem profissional seja realmente grande). Afinal, o recrutador terá outros candidatos para avaliar e seu tempo é precioso e escasso.
Como mandar o currículo para o banco?
Vale lembrar que, no que tange às instituições públicas, os concursos são a forma mais comum de ingresso. Por isso, para essas situações, você deve acompanhar a abertura de editais nos locais onde deseja trabalhar.
Para bancos privados, o processo é outro. Você deve, então, aplicar o seu currículo nas abas de “trabalhe conosco” de seus sites, ou ficar de olho nas oportunidades frequentemente divulgadas no LinkedIn.
O networking é, também, uma ferramenta poderosa na sua busca por emprego. Muitas vagas não chegam ao público, uma vez que os gestores frequentemente preferem receber a indicação de um colaborador de confiança, ou conceder uma promoção. Ao longo das suas experiências e formação, lembre-se de criar vínculos — não por interesse, mas por genuína consciência de que esses laços servem para te fazer evoluir.
E eu ainda tenho uma última dica para te ajudar: antes de enviar o seu currículo em uma plataforma online, cheque se há outros documentos sendo requisitados. Cartas de motivação e referências de supervisores anteriores, por exemplo, podem ser solicitadas — apenas tome o cuidado de não enviar nenhum material extra que não tenha sido pedido.
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Reparou que, neste artigo, eu mencionei a obrigatoriedade de algumas certificações financeiras? Antes de enviar o seu currículo para o banco, vai por mim: recheie esse documento de selos importantes e conhecimentos indispensáveis para a sua carreira.
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