ETFs são fundos de investimentos negociados na bolsa de valores. Os ETF’s podem seguir índices, ou outros tipos de iniciadores.
Uma boa diferença entre ETF’s e fundos de investimentos são as metodologias empregadas em seus investimentos.
Muitos fundos de investimentos têm regras brandas com relação ao tipo de investimento, já as ETF’s possuem regras claras e administração passiva de seus ativos.
Os fundos de investimentos seguem geralmente a vontade do seu gestor (de acordo com o regulamento, é claro) de maneira que o investidor fica alheio às intuições e opiniões do seu gestor.
As ETF’s por sua vez têm regras claras e geralmente seguem índices, segue dois bons exemplos no Brasil:
- BOVA11 que segue o índice Ibovespa e tem uma cotação próxima do índice e valor patrimonial próximo também;
- PIBB11 outra ETF que segue índice IBRX100, esse ativo também possui cotação próxima do índice e com o valor patrimonial próximo também.
Despesas dos ETFs
As despesas das ETF’s geralmente são menores que as dos fundos de investimentos, uma vez que ETF trabalham com uma quantidade maior de patrimônio. Já os fundos ficam alheios da quantidade de dinheiro, porem a taxa administrativa em muitos deles é alta, na casa dos 2% geralmente.
Uma taxa de 2% com um valor investido de R$: 5.000,00 acabam gerando uma despesa de R$: 100,00 esse valor já é superior a uma despesa gerada pela taxa de custodia que uma ETF poderia gerar.
Liquidez de um ETF
A liquidez desses ativos no mercado brasileiro ainda é pequena. O BOVA11 é o único fundo que possui uma liquidez maior que 100 negociações por dia, as outras ETF possuem pouquíssimas negociações, e algumas ainda possuem bancos gerando liquidez para os negócios, um exemplo é o IVVB11, esse fundo segue o índice S&P 500 (índice que possuem as 500 maiores empresas americanas).
Fundos de investimento por sua vez não possuem esse problema de liquidez. Quando se investe em fundos de investimentos, precisamos ficar atento em alguns detalhes antes de responder “O que são ETFs”, eles são:
- Taxa administrativa;
- Taxa de desempenho;
- Tipo de investimento;
- Alavancagem;
- Tempo de resgate;
Quando se faz um resgate de um fundo de investimentos, simplesmente solicitamos o resgate e o valor é devolvido, porem é preciso ficar atento ao tempo que isso pode demorar.
Muitos fundos de investimentos possuem ativos que podem demorar um pouco para serem resgatado, exemplo:
Fundos que investem em debentures; as debêntures podem demorar um bom tempo para serem negociadas, uma vez que mercado nacional não um dos mais líquidos para esse tipo de ativo, levando um bom tempo para fundo transformar o ativo em dinheiro, e posteriormente devolver ao investidor.
Fundos com investimentos com mails liquidez já podem devolver o valor solicitado no mesmo dia até.
O tempo de resgate vai depender de vários fatores, entre eles…
- Estratégia;
- Ativos investidos;
- Regras, e regulamento;
Valor mínimo, valor de movimentação, investimento inicial
Fundos de investimentos trabalham com vários fatores que podem influenciar em sua estratégia de investimentos.
O investidor não pode simplesmente escolher um fundo e aplicar qualquer valor nele, os fundos de investimentos possuem regras claras relacionadas a:
- Aplicação inicial;
- Valor mínimo que pode ser movimentado e;
- Valor mínimo para manutenção de sua posição;
Na grande maioria os fundos trabalham com valor de investimento inicial a partir de R$: 1.000,00, mas isso vai variar do tipo de fundo, do gestor, e dos ativos que o mesmo possui. Assim o cotista precisa fazer esse aporte mínimo para começar a investir.
A movimentação mínima, já é relacionada aos valores de aplicação, e de resgate, essa quantia geralmente é diferente do aporte inicial no fundo.
Muitos fundos trabalham com um novo aporte a partir de R$: 100,00 um valor tecnicamente pequeno e de fácil investimento.
O resgate geralmente é do mesmo valor, se aplicação é de 100, provavelmente o resgate também será de 100.
O valor mínimo para permanência no fundo poderá variar também, existem alguns que solicitam um investimento inicial de R$: 5000,00, por exemplo, mas o valor de permanência é de R$: 1000,00.
Sendo assim o investidor pode aplicar o valor inicial para entrar no fundo e então solicitam o resgate para ficar somente com o valor de permanência.
Estratégia e administração de ETF
Em quase sua totalidade ETF possuem suas estratégias direcionadas a seguir certos índice de mercado, exemplo: o BOVA11 segue o índice Ibovespa.
O investidor pode verificar isso observando o valor patrimonial e o valor de mercado, praticamente o mesmo, e pode verificar também a composição da carteira da ETF e do índice, que seguira muito próximo e com as porcentagens semelhantes.
Outro exemplo é o DIVO11, ETF que segue o índice das melhores empresas pagadoras de dividendos.
O investidor também pode verificar o valor patrimonial e a sua carteira e notará que existe grande semelhança.
Esse tipo de administração feita pelos ETF com relação aos seus investimentos traz grande transparecia, uma vez que ele segue um índice de mercado, que é utilizado por especialistas e traz referência do mercado.
Assim as ETF não geram muitas despesas, uma vez que os índices são analisados e balanceados periodicamente e não constantemente, como diversos fundos acabaram fazendo.
Os fundos de investimentos se diferem em sua maioria pelo fato de estarem diversas vezes modificando suas carteiras.
Fundo que possuem referencia em uma determinada carteira de uma corretora, ou administrador, pode sofrer mudanças mensais ou até semanais em sua carteira gerando custos e despesas que podem comprometer o resultado em si.
Outro problema é a transparecia do fundo, muitos acabam não detalham os seus investimentos, mostrando somente o gênero dos ativos, mas não detalhando, exemplo: fundos de ações que compram diversos papéis, geralmente colocam na lamina descritiva só a categoria e a porcentagem, petróleo, mineradora, metalúrgica, banco, mas não especifica que empresa.
Diferenças entre ETF’s brasileiras e americanas
A primeira grande diferença é a diversidade de ETF’s entre os mercados, no Brasil temos menos de 40 ETF’s já nos Estados Unidos a quantidade e imensa, e a liquidez do mercado de lá é muito maior.
Outra diferença muito interessante é que diversas ETF’s americanas realizam distribuição de dividendos para seus cotistas, fato que não acontece aqui.
A IVV, ativo que segue o índice S&P 500 faz distribuições trimestrais, já TIP ETF que possui seu patrimônio investido em títulos americanos indexados a inflação paga distribuições quase que mensalmente.
No Brasil não temos ETF assim, uma vez que os índices, já incorporam as distribuições, reinvestindo as mesmas, no próprio índice.
Ou seja, as ETF não vão pagar os dividendos, porem as mesmas investem os rendimentos nelas próprias.
Vale a pena?
Em minha opinião, vale muito! Já parou para imaginar quanto de corretagem teria que ser gasto, somente para comprar um quinto das ações que fazem parte do Ibovespa.
Bastante, sem mencionar o capital que seria necessário aplicar. Muito além do que alguns investidores podem.
A melhor opção é investir em ETF. O BOVA 11 é um excelente exemplo, em 2017 o mesmo vem rendendo 7,40%!
Perdendo, somente para o índice de FII (IFIX). Montando uma carteira, equilibrada em títulos do Tesouro, e ETFs, como BOVA11 e IVVB11 (S&P 500) é possível conseguir um bom retorno no médio e longo prazo.
O mercado nacional ainda está engatinhando por isso é importante que todos saibam o que são ETFs.
Comentários
Muito bom.
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