O que é Produto Interno Líquido (PIL)?

O Produto Interno Líquido (PIL) é um indicador econômico que relaciona a riqueza de uma nação e sua capacidade produtiva. Para isso, é preciso subtrair a depreciação do capital do valor total de bens e serviços dentro do território nacional. 

Entre os principais fatores de depreciação considerados nesse cálculo, é possível citar o tempo de uso, a defasagem tecnológica e a queda do valor dos ativos no mercado.

Vale destacar, ainda, que o Produto Interno Líquido deriva do Produto Interno Bruto (PIB). Na prática, o PIL equivale ao PIB, deduzido os valores de depreciação.

Qual a diferença entre Produto Interno Líquido e Produto Interno Bruto?

O grande diferencial está na forma com que o PIB e o PIL utilizam a depreciação em seus cálculos. Enquanto o primeiro soma o valor da depreciação ao valor agregado total, o segundo subtrai esse valor, apontando, ainda, o quanto cada ativo desvalorizou — por exemplo, equipamentos, máquinas e edificações.

Contudo, ambos são similares no ponto em que calculam o valor agregado total de bens e serviços produzidos em território nacional em um período específico. Os dois também consideram o mesmo território econômico referente ao país — incluindo zonas francas, águas territoriais, espaço aéreo, plataformas e barcos, entre outros.

Como calcular o Produto Interno Líquido?

O Produto Interno Líquido é igual ao valor total agregado dos serviços e bens produzidos em uma nação. Ou seja, o Produto Interno Bruto — deduzido o valor da depreciação dos ativos.

O cálculo do PIL é o seguinte: 

Produto Interno Líquido (PIL) = Produto Interno Bruto (PIB) – Depreciação

Antes de aplicar essa fórmula é necessário, porém, encontrar os valores do Produto Interno Bruto e da depreciação. 

O PIB é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera dados levantados pelo próprio instituto e de outras fontes, como o Banco Central do Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Secretaria da Receita Federal.

Existem três cálculos principais utilizados para o PIB, os quais devem apresentar resultados iguais:

  • Demanda: esse método soma tudo que se gastou no país no período analisado. Ou seja, os gastos do governo, investimentos estatais e de empresas, a balança comercial e o consumo das família;
  • Oferta: ao contrário do cálculo da demanda, aqui é somada toda a produção do período. São calculadas as produções da agropecuária, da indústria e dos serviços;
  • Renda: esse método é a soma de todas as remunerações. Ele inclui os salários, juros, lucros e aluguéis.

Já a depreciação pode ser definida por meio de duas metodologias: o cálculo original e o custo atual. Ambos podem ser encontrados por diferentes fórmulas. São elas:

  • Anuidade e fundo de amortização: considera uma projeção de juros que poderiam ter sido acrescidos ao capital inicial investido. Assim, podem ser utilizadas alíquotas como a taxa básica de juros Selic ou índices como o IFIX. O valor resultante da soma dos juros e do custo inicial deve ser então dividida pelo número total de anos;
  • Balanço decrescente: nesse método há uma subtração anual, por meio de uma porcentagem fixa, sobre o valor decrescente do ativo;
  • Linha reta: nesse cálculo é feita a divisão do custo atual de um ativo pela estimativa de anos de duração. O resultado é deduzido como custo anual.

Vale lembrar que o cálculo original também pode ser chamado de custo histórico, enquanto o custo atual pode aparecer sob a nomenclatura de reposição.


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