O que é risco econômico?

A probabilidade de um fator macroeconômico afetar a performance de um investimento é chamada de risco econômico. Estes fatores, por sua vez, dizem respeito à economia como um todo, e não a um nicho específico.

Dentre essas condições, algumas das mais frequentes são as oscilações da taxa de câmbio, mudanças e fenômenos climáticos, instabilidade e decisões políticas, entre outros. 

Como o risco econômico afeta o mercado financeiro?

O risco econômico também é conhecido por risco sistêmico e, quando se concretiza, independente do motivo, pode causar quedas nos preços de todos os tipos de ativos financeiros. Ou seja, afeta vários mercados simultaneamente, não somente um setor

Por sua amplitude, a diversificação de carteira — estratégia bastante popular para proteger os rendimentos de um investidor — não é eficaz nesse caso. Uma das formas de estabelecer uma proteção um tanto mais efetiva é a compra de opções. Ou seja, contratos com data de validade que asseguram o direito à compra ou à venda de um ativo por um preço pré-determinado. 

Quais os principais tipos de riscos econômicos?

Considerando que os riscos econômicos são eventos generalizados, de grande amplitude e de natureza variada, podemos dividi-los em três grupos principais: geopolítico, ambiental e operacional.

  • Geopolítico: são riscos referentes às ações governamentais e relações entre diferentes nações. Ataques terroristas, disputas territoriais, mudanças na legislação e problemas de ordem diplomática são alguns dos exemplos mais comuns;
  • Ambiental: são todos os riscos decorrentes da natureza, tais como climas extremos, danos ambientais causados pela humanidade, doenças pandêmicas e epidêmicas, terremotos e alagamentos. 
  • Operacional: ameaças que causam prejuízo ao patrimônio de uma empresa, geralmente restrito ao seu mercado modelo de gestão. Exemplos disso são a sazonalidade, a taxa de juros, falhas humanas ou tecnológicas e problemas de estoque.

Como cada desdobramento do risco econômico pode se concretizar de inúmeras formas diferentes, alguns exemplos históricos podem te ajudar a compreender suas dimensões.

Quais os exemplos de riscos econômicos?

O estopim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia no início de 2022 foi a concretização de um risco econômico geopolítico que causou impactos em diferentes nações. A Europa, por exemplo, viu suas contas de gás e energia aumentarem substancialmente após a Rússia ter reduzido suas exportações de gás natural e petróleo para o continente.

Ainda na Europa, tivemos a saída oficial do Reino Unido da União Europeia em 2020 — coincidentemente, pouquíssimo tempo depois a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como uma pandemia. Para os britânicos, especificamente, falta de produtos no supermercado, encarecimento na exportação de itens do restante do continente e aumento na burocracia para empresários foram algumas das consequências que se misturaram durante esse período, ocasionadas pelo Brexit e pelo vírus.

Eventos com origem na natureza também são riscos econômicos colossais. Em 2021, por exemplo, a OXFAM divulgou um relatório apontando para um prejuízo de US$329 bilhões decorrentes de eventos climáticos extremos. Apenas no Sul do Brasil, por exemplo, no mesmo ano foi registrada uma quebra de R$25,2 milhões na produção de grãos — consequências de secas causadas pelas mudanças climáticas.


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